(Fonte: Google) |
A Vista Chinesa é um mirante em estilo chinês localizado no bairro do Alto da Boa Vista, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O monumento está a 380 metros de altura dentro da Floresta da Tijuca e é parte integrante do Parque Nacional da Tijuca.
No local do mirante existe uma pequena construção em estilo Chinês, que aparenta ter sido erguida em bambu, mas na verdade foi feita em concreto armado, mimetizando ou imitando bambu em suas formas.
Sua arquitetura apresenta a estrutura de um templo com características orientais; um pagode chinês, hexagonal, feito com troncos semelhantes aos do bambu e em cujas colunas, dos dois estágios, encontram-se gárgulas com formato de cabeça de dragão nas extremidades superiores.
Uma vez chegando ao mirante, a vista proporciona uma visão panorâmica da cidade, tendo o Cristo Redentor, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Pão de Açúcar e as praias da zona Sul como pano de fundo.
No local do mirante existe uma pequena construção em estilo Chinês, que aparenta ter sido erguida em bambu, mas na verdade foi feita em concreto armado, mimetizando ou imitando bambu em suas formas.
Sua arquitetura apresenta a estrutura de um templo com características orientais; um pagode chinês, hexagonal, feito com troncos semelhantes aos do bambu e em cujas colunas, dos dois estágios, encontram-se gárgulas com formato de cabeça de dragão nas extremidades superiores.
Uma vez chegando ao mirante, a vista proporciona uma visão panorâmica da cidade, tendo o Cristo Redentor, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Pão de Açúcar e as praias da zona Sul como pano de fundo.
Este mirante é integrante do Parque Nacional da Tijuca (3.972 hectares) que é a quarta maior área verde urbana do Brasil, atrás apenas do Parque Estadual da Cantareira/SP (7.916,52 ha), da Reserva Floresta Adolpho Ducke/AM (10.000 ha) e do Parque Estadual da Pedra Branca/RJ (12.500 hectares).
A Floresta da Tijuca se caracteriza sendo uma vegetação secundária, uma vez que é fruto de um reflorestamento iniciado ainda na época do Segundo Reinado. O parque é dividido em 4 setores, sendo que a Vista Chinesa fica localizada no Setor B.
(Floresta da Tijuca em Setores) |
Setor A: Floresta da Tijuca
Setor B: Serra da Carioca
Setor C: Pedra da Gávea e Pedra Bonita
Setor D: Covanca e Pretos Fornos
A história da Vista Chinesa tem origem com a chegada de imigrantes ao Rio na primeira metade do século XIX, e também, com a história de outro importante ponto da cidade: o Jardim Botânico. Isso porque por influência do próprio Rei de Portugal, Don João VI, o Jardim Botânico deveria ser uma espécie de laboratório. A ideia era trazer plantas e sementes do exterior para ver se elas vingariam aqui, em especial, o plantio chá na tentativa de conquistar o mercado de exportação do produto para a Inglaterra. Para isso, era preciso uma mão de obra especializada de chineses.
Há também relatos de que houve uma segunda tentativa de plantio com os chineses. Estes foram transferidos para a Fazenda Real de Santa Cruz para o cultivo de arroz, onde fizeram outra tentativa também falida.
Assim, a primeira leva foi trazida pelo Conde de Linhares e contou com cerca de 300 imigrantes chineses da colônia portuguesa de Macau direto para o Rio de Janeiro no ano de 1811. Existem notícias de ter sido plantado chá em 1814, em vasta área da Ilha do Governador, na Fazenda Santa Cruz e no atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Muitos deles, entretanto, abandonaram as plantações e passaram a ser vendedores ambulantes.
No Jardim Botânico, os chineses chegaram a plantar 6.000 pés de chá, erva que dava três safras por ano. Após serem colhidas, as folhas eram colocadas em fornos de barro, onde eram postas a secar, sendo depois enroladas.
O pintor alemão Johann Moritz Rugendas, durante sua primeira viagem ao Brasil, entre 1821 e 1825, documentou a plantação chinesa de chá no Jardim Botânico do Rio, publicando a gravura em seu livro "Viagem pitoresca através do Brasil"
Era sonho do príncipe-regente repetir, no Brasil, o comércio exitoso entre Macau e a Europa, do qual, com a venda do chá, Portugal auferia considerável rendimento. No princípio, houve certa euforia com o futuro da erva no Rio de Janeiro, pois a família real planejava suprir todo o mercado europeu com a produção carioca.
O pintor alemão Johann Moritz Rugendas, durante sua primeira viagem ao Brasil, entre 1821 e 1825, documentou a plantação chinesa de chá no Jardim Botânico do Rio, publicando a gravura em seu livro "Viagem pitoresca através do Brasil"
(pintura do cultivo de chá no Jardim Botânico feita por Johann Moritz Rugendas) |
Era sonho do príncipe-regente repetir, no Brasil, o comércio exitoso entre Macau e a Europa, do qual, com a venda do chá, Portugal auferia considerável rendimento. No princípio, houve certa euforia com o futuro da erva no Rio de Janeiro, pois a família real planejava suprir todo o mercado europeu com a produção carioca.
Este sonho acabou não dando certo e a plantação de chá não vingou no país. Existem algumas teorias para o insucesso da plantação de chá no Rio de Janeiro:
- Segundo relatos, o chá carioca possuía um aroma excelente, embora seu sabor não fosse dos melhores. Esse desagradável paladar parece ter sido a razão que acabou obrigando o governo português a desistir de tentar produzir comercialmente o chá em terras brasileiras.
- Outros historiadores afirmam que o insucesso deveu-se à falta de preparo, indolência e alto custo da mão de obra representada pelos chineses, que teriam sido mal-escolhidos em sua terra natal, não tendo vindo para cá um grupo de experientes agricultores.
- O terceiro relato diz que o imperador compreendeu ser mais vantajoso vender café (um produto sem concorrentes) e comprar chá do que obtê-lo com tais despesas (já que o chá era produzido a baixíssimo custo na China e Índia) e não continuou a plantação.
Há também relatos de que houve uma segunda tentativa de plantio com os chineses. Estes foram transferidos para a Fazenda Real de Santa Cruz para o cultivo de arroz, onde fizeram outra tentativa também falida.
Mesmo com o fim do projeto, os chineses se estabeleceram na região da floresta e já tinham uma edificação denominada "Casa dos Chinas" em 1844. Eles foram aproveitados na construção da estrada que iria cortar o Alto da Boa Vista, mas os costumes eram diferentes, a língua era um empecilho e o destino para muitos deles foi trágico, havendo relatos de suicídio coletivo por sentirem saudades da sua terra natal.
A estrada foi aberta em 1856 ligando o Jardim Botânico ao Alto da Boa Vista por uma estrada carroçável sob influência do Barão do Bom Retiro e cuja execução e manutenção foi conferida a Thomas Cochrane.
Apesar das experiências ao todo não serem bem sucedidas, este vínculo com os chineses levou em 1903 a edificação do pavilhão da Vista Chinesa em homenagem à eles. Este pavilhão foi projetado pelo arquiteto Luis Rei no governo do prefeito Pereira Passos, porém, por ser feita de concreto e telhado de bambu, acabou não resistindo ao tempo.
Em 1906 foi erguida a construção que até hoje está no Alto da Boa Vista. E marcou, para sempre, a contribuição dos chineses ao Rio. Mais acima, na mesma Estrada da Vista Chinesa, um local preparado para servir como ponto de repouso nos frequentes passeios da família imperial ganhou o nome de Mesa do Imperador.
(construção da Vista Chinesa - Fonte: Google) |
- A Vista Chinesa tem esse nome por ser uma homenagem à presença chinesa no Brasil, que se iniciou em meados do século XIX com a vinda dos primeiros agricultores chineses para a cidade do Rio de Janeiro com o objetivo de cultivar chá. Entretanto, mostrando-se essa uma empresa falida, muitos foram deslocados posteriormente para outras ocupações. Foi o que aconteceu com os trabalhadores que, não demonstrando qualquer habilidade para a agricultura, foram utilizados na construção da estrada, existente desde 1856, que liga o Jardim Botânico ao Alto da Boa Vista. Em 1844, um mapa da área registrava uma edificação denominada "Casa dos Chinas", provavelmente o que viria a ser, anos mais tarde, em 1903, o pavilhão da Vista Chinesa.
- A arquitetura da Vista Chinesa foi idealizada, projetada e construída por imigrantes chineses. A construção é considerada o maior monumento em homenagem a um país oriental de toda a América Latina e já ganhou um prêmio na China como melhor portal chinês fora do país.
- A arquitetura da Vista Chinesa foi idealizada, projetada e construída por imigrantes chineses. A construção é considerada o maior monumento em homenagem a um país oriental de toda a América Latina e já ganhou um prêmio na China como melhor portal chinês fora do país.
- Em 2013 foi iniciada a primeira restauração da Vista Chinesa que durou cerca de oito meses, num investimento de R$ 417.000,00, e foi reaberta pela Prefeitura do Rio em 26 de outubro do mesmo ano. A restauração da Vista Chinesa passou por diversas etapas, desde a recuperação de áreas danificadas até melhoria de detalhes feitos à mão. Além do monumento, as estradas da Vista Chinesa foram recapeadas, incluíram novas sinalizações para maior segurança dos ciclistas e as fontes foram reparadas. A restauração
- A Vista Chinesa já foi registrada em diversos filmes e novelas de Televisão. Um dos mais recentes registros é a animação “Rio”, de Carlos Saldanha.
- A Vista Chinesa já foi registrada em diversos filmes e novelas de Televisão. Um dos mais recentes registros é a animação “Rio”, de Carlos Saldanha.
(Vista Chinesa mostrada no filme "Rio") |
O Mirante é aberto todos os dias ao público e o local tem estacionamento. Apesar de ser policiado, é melhor ir aos finais de semana que tem mais movimento.
A Vista Chinesa fica localizada na Estrada da Vista Chinesa, 789 - Alto da Boa Vista.
Não há ônibus que leve os turistas até o local, portanto a subida pode ser realizada partindo do Bairro do Jardim Botânico ou subindo o Alto da Boa Vista pela Tijuca ou Barra da Tijuca. Ir de carro é a melhor opção e o principal acesso é pelo bairro do Jardim Botânico, porém existem outros caminhos para chegar até lá.
Abaixo coloquei as principais maneiras de se chegar até lá:
- Ônibus - não há ônibus que vá direto para a Vista Chinesa. Porém há a opção de ir até a Estrada do Joá, próximo ao número 450. Lá, você pega o ônibus E08A, em direção ao Alto da Boa Vista. Você desce na Rua Boa Vista, próximo ao número 719, e caminha até a Vista Chinesa.
- Carro (via Jardim Botânico) - é o caminho mais rápido para quem está na Zona Sul. Deve-se seguir pela Rua Pacheco Leão até quase o final e virar à direita na Estrada Dona Castorina e novamente à direita para a Estrada da Vista Chinesa, onde se seguirá até uma curva acentuada o qual se localiza o mirante.
- Carro (via São Conrado) - Deve-se seguir pela Estrada das Canoas, continuar pela Estrada da Pedra Bonita e virar à direita na Estrada da Gávea Pequena. Seguir até uma bifurcação onde existe uma placa indicativa da Vista Chinesa e virar à esquerda na Estrada da Vista Chinesa, onde se seguirá até uma curva acentuada o qual se localiza o mirante.
- Carro (via Barra da Tijuca) - Deve-se seguir pela Estrada das Furnas até a placa indicativa da Vista Chinesa e virar à direita na Estrada da Gávea Pequena. Seguir até uma bifurcação onde existe uma placa indicativa da Vista Chinesa e virar à esquerda na Estrada da Vista Chinesa, onde se seguirá até uma curva acentuada o qual se localiza o mirante.
- Carro (via Tijuca) - Deve-se seguir pela Avenida Édison Passos até a Rua Boa Vista. Seguir pela direita pela Estrada das Furnas até a placa indicativa da Vista Chinesa e virar à esquerda na Estrada da Gávea Pequena. Seguir até uma bifurcação onde existe uma placa indicativa da Vista Chinesa e virar à esquerda na Estrada da Vista Chinesa, onde se seguirá até uma curva acentuada o qual se localiza o mirante.
(curva com a Vista Chinesa - Fonte: Google) |
OBS.: Lá no mirante é possível estacionar, porém o número de vagas é reduzido.
A Vista Chinesa é um local de fácil acesso quando se está de carro e que não é necessário pagar a entrada, ou seja, muitos turistas acabam visitando este mirante que tem uma vista de outro ângulo da cidade do Rio de Janeiro.
Por outro lado, o local dificilmente fica cheio por muito tempo, pois costuma se ter uma visita rápida já que não existe muita coisa para fazer além de contemplar a vista, a não ser se quando você for visitar estiver chegando a cada momento veículos com diferentes turistas, o que pode ser perfeitamente provável.
Bem, nosso trajeto foi em uma bela manhã de sol de sábado. Pegamos o carro e seguimos em direção ao Jardim Botânico e de lá fomos em direção à Vista Chinesa.
OBS.: fomos lá antes da reforma em 2013, ou seja, o portal estava um pouco menos preservado.
O caminho em si não tem muito mistério e chegamos lá tranquilamente. Por sorte, conseguimos estacionar lá sem dificuldades.
Para nossa surpresa, o lugar não estava tão cheio para um fim de semana e pudemos aproveitar a vista panorâmica da Zona Sul do Rio.
Não podia deixar de faltar a panorâmica.
O Portal de outro ângulo.
Opa! Faltava eu lá.
Hora de tirar foto com a vista.
Hora de apreciar os detalhes.
E de ver como é por dentro.
De outro ângulo.
Dá vontade de ficar até o final da tarde.
E relaxar...
Mais uma panorâmica.
Difícil saber em qual período do dia fica mais bonito tirar fotos.
Na escala de cinza o portal também tem seu valor.
E se por acaso ficasse tudo preto? Continua bonito...
Caso prefira, também temos a versão colorida.
Bem, com isso chego ao final da postagem e espero que tenham gostado!!!
Até a próxima aventura!
Q lindo!! Demais essa vista!! Quero conhecer!
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