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terça-feira, 16 de maio de 2017

Parque Nacional de Itatiaia



O Parque Nacional de Itatiaia é uma unidade de conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada no maciço do Itatiaia, na serra da Mantiqueira, no sul dos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, com território abrangendo os municípios de Alagoa, Bocaina de Minas, Itamonte, Itatiaia e Resende.


No interior do parque encontram-se alguns dos picos mais altos do Brasil, beirando os 2.800 m de altitude. A fauna e a flora do parque são bastante diversificadas, devido principalmente à diferença de altitude de seu relevo e ao clima variado. 

Itatiaia é administrado atualmente pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). 

Imagem: Rudi Böhm
(Mapa do Parque Nacional de Itatiaia - Fonte: http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/guia-do-visitante.html)


A área que hoje se situa o Parque Nacional de Itatiaia pertenceu ao Visconde de Mauá, sendo adquirida pela Fazenda Federal em 1908, para a criação de dois núcleos coloniais destinados ao cultivo de frutas.

Em 1913, o botânico Alberto Loefgren solicitou ao Ministério da Agricultura a criação de um parque nacional no maciço do Itatiaia, recebendo apoio de geólogos, botânicos e geógrafos numa conferência realizada na Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro no mesmo ano. 

As terras do patrimônio nacional do Brasil na região de Itatiaia foram incorporadas em 1914 ao patrimônio do Jardim Botânico, onde era mantida a Estação Biológica de Itatiaia, numa área de 119.439.432 m² (11.943 ha).

Somente em 1937 que o Parque Nacional de Itatiaia foi criado, através do Decreto Nº 1.713, emitido em 14 de junho por Getúlio Vargas, a partir da Estação Biológica de Itatiaia. 


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Este decreto de criação previa a transferência das benfeitorias existentes no local à época, pertencentes à Estação Biológica, ao recém-criado parque nacional. As terras devolutas nas proximidades do parque, sob o domínio da União, foram reservadas pelo mesmo decreto para a instalação de hoteis e infraestrutura necessária à movimentação de turistas na região.

O mesmo decreto mencionava ainda a incorporação ao parque de pequenos lotes pertencentes a particulares, na época encravados em terras do domínio da União. A área de Itatiaia foi ampliada para aproximadamente 30.000 ha, em 20 de setembro de 1982, através do Decreto Nº 87.586, também emitido pela Presidência da República.


- O Parque Nacional de Itatiaia, fundado em 14 de junho de 1937, foi o primeiro parque nacional criado do Brasil.

- O nome Itatiaia é de origem Tupi-guarani e significa penhasco cheio de pontas ou Pedra Pontuda, por suas formações rochosas possuírem este aspecto. 




- No maciço de Itatiaia está num complexo alcalino, formado por sienitos, foiaitos, pulaskitos, quartzo-sienitos, brechas e granito alcalino. As formações rochosas são consideradas raras, pouco encontradas no resto do país, parecidas com granito, porém tratando-se de nefelina sienito. Encontram-se também rochas de origem eruptiva.

- O parque possui um grande índice de endemismos da fauna e flora, ou seja, é composta por espécies que só ocorrem ali, como bromélias e orquídeas entre outras. É uma das quatro únicas localidades onde pode ser encontrada uma árvore ameaçada de extinção, a Buchenavia hoehneana.

- A BR-485 que atravessa o território do parque, tem o seu ponto culminante a 2.460 m de altitude no seu interior e é assim considerada a estrada mais alta do Brasil. Porém, atualmente a estrada se encontra fechada para a passagem de carro, podendo o percurso ser feito em 2 dias a pé mediante prévia autorização.




- Devido a sua altitude, a região do Parque Nacional de Itatiaia é considerada uma das regiões mais frias do país.

- O Pico das Agulhas Negras, com 2.790,94 m de altitude, é o ponto culminante do estado do Rio de Janeiro, o terceiro ponto mais alto do estado de Minas Gerais, e o quinto mais alto do Brasil.

- O pico recebeu o nome de Agulhas Negras devido a existência de grandes e profundas canaletas escuras e verticais, paralelas umas às outras, que foram cuidadosa e lentamente esculpidas na rocha pela ação das chuvas ao longo dos tempos, que lembram agulhas e que podem ser observadas ao olhar a montanha.



- A primeira vez que uma pessoa conseguiu chegar até o cume do Pico das Agulhas Negras foi em 1919 (Carlos Spierling e Osvaldo Leal). Porém, essa não foi a primeira tentativa de se chegar até lá, pois desde 1856 já aconteciam essas tentativas, primeiro com Franklin Massena e depois com André Rebouças e Horácio de Carvalho, nos anos de 1878 e 1898, respectivamente.

- A última vez que teve um grande acumulo de neve, foi 1985, onde chegou a ter 15 cm e é a terceira maior precipitação que já aconteceu no Brasil. Mas, isso durante pouco tempo, pois a neve geralmente acaba derretendo em no máximo dois dias.


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- O maciço das Agulhas Negras possui mais de 20 vias de escaladas, com várias dificuldades diferentes. Para você chegar ao verdadeiro topo do maciço, precisa fazer uma pequena escalada e por isso poucas pessoas fazem esse trecho.

- Sendo construído na primeira metade dos anos 50 do século passado, na gestão de Wanderbilt Duarte de Barros, o Abrigo Rebouças é o abrigo público mais alto do Brasil (altitude de 2.350 metros), sendo um típico abrigo de montanha.


(Abrigo Rebouças - Fonte: Google)

- Batizado como Rebouças desde a sua inauguração, homenageia o engenheiro civil, botânico e geólogo André Pinto Rebouças (1838-1898), pioneiro em vários temas, destacando-se como um combativo abolicionista e, à sua época, um dos maiores incentivadores para a criação de parques nacionais.

Imagem relacionada
(André Rebouças - Fonte: Google)

- O Maciço das Prateleiras tem este nome devido aos diversos e gigantescos blocos de rocha encostados uns nos outros, formando diversos patamares com alturas crescentes, assemelhando-se às antigas latas de condimentos que ficavam nas prateleiras das cozinhas e que tinham tamanho crescente. Também é chamado simplesmente por passar a ideia de vários blocos empilhados uns sobre os outros, como em uma prateleira.

- Apesar do Maciço das Prateleiras ter este nome, o nome original dado a esta formação rochosa foi "molares", por se assemelharem aos dentes molares da arcada dentária humana.

Durante o inverno brasileiro, nos meses de julho e agosto, a temperatura diminui em demasia e a pluviosidade também, deixando o tempo seco e muito frio. Em consequência, num país com 92% de área localizada na zona tropical, podem ocorrer fenômenos como o da geada sobre os campos e as plantas do parque e também os das precipitações de neve nos dias mais rigorosos do local.

Segue o gráfico referente ao clima de Itatiaia.

Gráfico climático, Itatiaia


Na primeira metade do século XX, o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) tinha uma estação meteorológica dentro do parque, provando o clima frio da região. A partir de junho de 2013, uma nova estação meteorológica automática de última geração foi instalada a uma altitude de 2.451 metros pelo fórum Brasil Abaixo de Zero. Nos anos seguintes, foram instaladas mais 2 estações: Furnas (2.470 m) e mais recentemente, Campo Belo (2.438 m), a qual vem registrando as menores mínimas do Brasil. Há uma terceira estação particular, emprestada por Artur Chiovitti, no alto do Morro do Massena (2.584 m), se tratando da estação meteorológica mais alta do Brasil. Em agosto de 2016, Campo Belo acusou mínima de -13,3°C, sendo a segunda menor temperatura já registrada no Brasil.


Na Parte Alta, o Parque Nacional do Itatiaia dispõe para pernoite o Camping e o Abrigo Rebouças.  Ambos são disputadíssimos na alta temporada, valendo a solicitação com um mês de antecedência para tentar garantir a vaga:



Itatiaia em si não tem muitas opções de hospedagem. As pousadas mais próximas da parte alta do parque são a Pousada dos Lírios (www.pousadadoslirios.com.br) e a Pousada dos Lobos (www.pousadadoslobos.com.br), ambas no município de Itamonte, povoado da Vargem Grande, distante  cerca de 13 km por estrada de terra em condições precárias, levando cerca de 40 minutos  até a portaria da parte alta.

Além disso, existem outras opções de hospedadem:

- Pousada 4 Estações de Itatiaia (www.pousada4estacoesdeitatiaia.com.br)
- Hotel La Ponsa Itatiaia 
- Pousada Aldeia dos Pássaros 
- Hotel Conora 
- Pousada Ypê Amarelo 
- Vista Linda Hotel 
- Hotel Pousada Esmeralda 
- Pousada Quatro Estações 




Desde o dia 01/11/2016 os valores do ingresso sofreram reajuste de acordo com a Portaria ICMBio - Sede nº 91 de 29/09/2016:


  • VALORES
- Ingresso Público em Geral - R$ 32,00  
- Ingresso com Desconto Brasil  (válido para residentes no Brasil) - R$ 16,00
- Desconto Mercosul - R$ 16,00
- Hospedagem Abrigo Rebouças e Abrigo Água Branca - R$ 30,00 por pessoa/dia
- Hospedagem Camping Rebouças - R$ 18,00 por pessoa/dia
- Visitantes maiores de 60 anos ou menores de 12 anos de idade, mediante comprovante de identificação. 

OBS. 1: O pagamento deverá ser feito apenas em dinheiro, pois o parque não aceita cheques e cartões.

OBS. 2: As taxas de hospedagem não são contempladas com descontos. 

OBS. 3: Os valores de taxas de estacionamento não serão cobrados temporariamente.
Os ingressos comprados para dias consecutivos poderão ser utilizados em qualquer portaria do Parque. 


  • DESCONTO ENTORNO
Os moradores do entorno do Parque Nacional do Itatiaia, abrangendo os municípios de Itatiaia/RJ, Resende/RJ, Bocaina de Minas/MG e Itamonte/MG, são contemplados com o desconto entorno, pagando R$ 3,00 por pessoa/dia. Para que o visitante usufrua deste desconto deve apresentar documento de identidade com foto e um comprovante de endereço em um dos municípios do entorno em seu próprio nome (título de eleitor ou tarifas de água, energia elétrica, gás e telefone ou carnê de IPTU). Menores de idade poderão apresentar documento de identidade com foto, acompanhado de comprovante de endereço em um dos municípios do entorno, em seu nome ou de um dos pais, para ter direito ao desconto entorno. Para mais informações clique aqui para ler a Ordem de Serviço.

O desconto entorno não será válido nos finais de semana do mês de janeiro e fevereiro (leia a ordem de serviço para saber mais) e nas datas abaixo:
12 a 15 de novembro de 2016 - Proclamação da República
31/12/2016 a 01/01/2017 – Ano Novo
25 a 28/02/2017 – Carnaval
14 a 16/04/2017 – Páscoa
21 a 23/04/2017 – Tiradentes
29/04 a 01/05/2017- Dia do Trabalho
15 a 18/06/2017 – Corpus Christi
07 a 10/09/2017 – Independência do Brasil
12 a 15/10/2017 – Padroeira do Brasil
02 a 05/11/2017 – Finados
18 a 20/11/2017 – Consciência Negra
23 a 25/12/2017 – Natal
30/12/2017 a 01/01/2018 – Ano Novo


  • DESCONTO DE INGRESSOS PARA DIAS CONSECUTIVOS
Caso o visitante pretenda visitar o Parque Nacional do Itatiaia por mais de um dia, terá direito a um desconto de 50% em dias de finais de semana ou feriados e de 90% em dias úteis, a partir do segundo dia, sobre o valor do ingresso público em geral e ingresso com Desconto Brasil. ESTES DESCONTOS SOMENTE SERÃO VÁLIDOS SE AQUISIÇÃO DOS INGRESSOS FOREM REALIZADAS NA MESMA VENDA.

Mais informações podem ser conferidas no site: http://www.icmbio.gov.br/parnaitatiaia/guia-do-visitante.html


O Parque pode ser visitado todos os dias do ano, mas o melhor período para conhecer a parte alta é durante o inverno, pois a incidência de chuva é menor e tem menos risco de tempestades de raios. Na parte baixa, pode-se desfrutar o ano todo, mesmo no verão, porém é época de grande incidência de chuva e temos que tomar cuidado com as cabeças d'água.

O horário de funcionamento é diferente para a parte baixa e parte alta do parque:
- Parte baixa: o horário para ingresso inicia-se às 8h, com permanência até às 17h. Nas cachoeiras do Complexo do Maromba a permanência é até às 16h. Em caso de chuva, as cachoeiras poderão ser interditadas a qualquer momento para a segurança do visitante, pois há riscos de cabeça d'água.
-Parte alta: o horário para ingresso é das 07h às 14h, com permanência até às 17h.


Agasalhos de frio (imprescindível) como casacos, luvas, gorros, meias grossas e um bom calçado porque a trilha é sobre pedras e cascalhos. Não esqueça também de levar água, alimentos rápidos para se comer e digerir como biscoitos, chocolates, barras de cereal, amendoim. Lembrem-se que a trilha é longa e ter uma boa reserva energética é fundamental para aguentar a trilha e o frio.



Caso for acampar, leve um bom isolante térmico e um bom saco de dormir, pois a noite faz bastante frio. Também é necessário levar lanternas.


Também faz-se necessário levar um óculos escuros e protetor solar, pois o frio mascara a intensidade solar e no final do dia você pode estar bem queimado no rosto.



O Parque Nacional do Itatiaia está localizado na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais, próximo ao estado de São Paulo, na Serra da Mantiqueira.

O parque se divide em dois ambientes distintos:

  • Sede do Parque (Parte baixa): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, segue-se pela Rodovia Presidente Dutra (BR 116) até a cidade de Itatiaia, altura do km 316. O Centro de Visitantes, localizado na parte baixa do parque, possui um museu com informações básicas sobre a fauna e a flora da região, com animais empalhados e uma biblioteca.
  • Planalto (Parte alta): Saindo do Rio de Janeiro ou São Paulo, deve seguir pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) até Engenheiro Passos, altura do quilômetro 330, seguindo pela rodovia BR-354 em direção a Itamonte na estrada Rio-Caxambú (Circuito da Águas) por 26 Km, até o local conhecido como Garganta do Registro, a 1.669 metros de altitude. A partir daí começa a subida de 14 km até o Posto Marcão (antigo Posto 3) e mais 3 km até o Abrigo Rebouças.

Abaixo há uma tabela com as principais distâncias entre as duas entradas oficiais do Parque, Posto 1 e Posto Marcão. Os principais pontos de chegada de ônibus ao Posto 1 são o Terminal Rodoviário de Resende, também conhecido como Rodoviária Graal, localizado a aproximadamente 24 km, na Rodovia Presidente Dutra e o Terminal Rodoviário Jorge Miguel Jayme, do Município de Itatiaia, localizado a, aproximadamente 5 km. 

Tabela Distância PNI


Seguem abaixo algumas linhas de ônibus e horários:
LINHA ITATIAIA X PARQUE NACIONAL - Viação Penedo (24) 3381-8861
Saídas do Centro da Cidade até o Centro de Visitantes - 07:00 / 12:00 / 15:00 / 18:00
Saída do Centro da Cidade até o Portão do Parque Nacional - 10:20
Saída do Portão do Parque Nacional até o Centro da Cidade - 11:00
Saída do Centro de Visitantes do Parque Nacional até o Centro da Cidade - 08:00 / 13:00 / 17:00 / 19:00





    Subir as Agulhas Negras era um sonho antigo que eu tinha como trilheiro e por ser o 5º mior pico do Brasil, na minha opinião é o 3º ponto mais alto acessível, já que Pico da Neblina e 31 de Março são de dificílimo acesso.

    Além disso, este é o ponto mais alto do Estado do Rio de Janeiro, e como morador da cidade, era um grande desafio desbrava-lo.

    Assim, pesquisei guia que fizesse este trajeto e encontrei a Rota Trekking Ecoturismo, um site criado pelo guia da região, Felipe. Além da Agulhas Negras, ele faz outro trajetos da região como Prateleiras, Morro do Couto, Pedra do Altar, etc.

    Assim que entramos em contato, ele foi bastante solícito, informado a gente sobre como seria o trajeto, valores, tempo de caminhada, etc. Ele também era fotógrafo profissional e iria tirar várias fotos de todo o nosso percurso, o que achamos bem legal.

    Mas já que iríamos para lá, saindo do Rio de Janeiro, por que não fechamos também as Prateleiras?? Pois bem, resolvemos fechar os dois!!!




    E assim se iniciava a nossa jornada rumo a Resende. Fui com dois amigos de carro até lá e encontramos com o guia. Logo em seguida seguimos ele em direção a entrada do parque.


    1º dia

    Era um dia com bastante expectativa, pois o tempo não dava sinais de que iria melhorar e o medo de nossa trilha ser prejudicada pela chuva estava nos deixando um pouco tenso. A partir do momento em que íamos subindo pela estrada até a entrada do parque, notamos que o tempo estava clareando, ou seja, a nuvem estava baixa.

    Por fim, após alguns bons minutos de estrada de terra, chegamos na entrada, era a hora!



    Vocês não tem ideia do quão frio estava neste dia, mas a ideia era seguir firme e forte, por isso tiramos a foto do grupo de "desbravadores".




    Pagamos a entrada do parque entramos de carro até um estacionamento, onde arrumamos nossas coisas para começar.

    E com o tempo ainda nada estável, iniciamos a nossa caminhada.



    A cada passo que dávamos o tempo parecida começar a abrir e começamos a observar melhor o local.



    Eis que o sol finalmente começa a aparecer.



    Andamos por cerca de 20 minutos até a placa que mostrava a direção a ser tomada.



    Pegamos o caminho a esquerda rumo as Agulhas Negras, e encontramos o Abrigo Rebouças, o abrigo de montanha mais alto do país. Nele já tínhamos como ter uma noção do que nos esperava.



    Era hora de começar com tudo, e começamos a andar pela trilha mais fechada.




    E olha o que encontrei no meio da trilha, um camundongo simpático da região. Sinal de que não estávamos sozinhos na trilha.....hahaha.



    No meio da trilha tivemos que passar por uma pequena ponte para continuar o trajeto.



    Digamos que ela era assim, um pouco inclinada, mas nada que atrapalhasse o nosso caminho.



    Mas este não era o único obstáculo, tivemos também que passar pelo pequeno reservatório de água que tinha ali. Era uma ótima oportunidade de encher as garrafas de água também.



    Entre alguns córregos e outros, íamos cada vez mais nos aproximando da base do maciço.



    Depois de mais uns 30 minutos, chegamos a base da pedra, agora sim o trajeto ia ficar pesado.



    A subida era íngreme e mais difícil para quem não entende nada de escalada, como eu. Mas nada que um pouco de instrução e paciência oferecido pelo guia não ajudassem.




    De pouco em pouco íamos subindo a pedra, neste momento exigia mais concentração de cada um.



    Não podemos esquecer da nossa pausa para descanso e para tirar fotos. Tudo sempre muito bem cronometrado pelo nosso guia para que tenhamos tempo de chegar até o cume.



    Cada vez que íamos subindo, ficava mais evidente o formato das pedras.




    Dessa vista dava para ver a Pedra do Altar, um outro pico muito acessado por turistas.




    Mas não podíamos parar, enquanto isso vamos subindo a pedra.




    Não vou dizer que não cansa, ela realmente cansa, mas o visual estava começando a compensar o esforço gasto.




    Até que depois de 1 hora de subida desde sua base, chegamos ao cume!!!




    Bem, pelo visto não só a gente né!? Daí a importância do guia cronometrar o tempo de chegada, pois ainda tinha um último passo a dar e este demoraria mais tempo pelo fluxo de pessoas.




    Na verdade o cume, onde se encontra o livro de assinaturas, se encontrava em outro trecho e ali precisaríamos de utilizar da escalada para chegar até lá.




    Enquanto o guia colocava o equipamento, ainda dava tempo para apreciar essa paisagem.



    Hora de utilizar do rapel, com certeza o momento mais tenso que passei aqui nas Agulhas Negras.




    A descida era por esta estreita parte, e eu não imaginei que fosse ser tão difícil.




    Somado isso ao fato de eu ser um pouco desajeitado, olha no que deu.







    Esse meu momento atabalhoado gerou só um pouco de risada e zoação né. mas eu juro que o momento foi tenso para mim.



    Esta descida dava para uma pedra que ficava bem entre onde fiz o rapel e o ponto mais alto. Ali ventava bastante e era bastante frio. Mas ainda não completamos o nosso percurso e era hora de subir até a outra parte para podermos assinar o livro. Então vai ai mais um momento de tensão.



    E assim, finalmente estava conquistando o tão sonhado cume.



    Hora de finalmente relaxar com a felicidade estampada no rosto.



    E não podíamos esquecer de assinar o livro, digo, o caderno.





    Infelizmente não tínhamos muito tempo, pois o cume estava começando a ficar lotado e era hora de dar espaço para outras pessoas aqui. Assim voltamos para o platô para podermos comer algo, tomar uma água e retornar para a base novamente.



    Afinal, uma vista dessas não é pra qualquer um não.




    Hora de voltar, certo guia?



    Então vamos descer...



    E assim vamos descendo...





    Uma coisa que não tinha reparado muito na ida, consegui reparar na volta, olha que vista linda do Maciço das Prateleiras!!!



    É para se admirar mesmo...



    Prateleiras!!!




    Não só as Prateleiras tiveram o seu destaque.



    E o dia finalmente abriu um sol que não nos largava mais.



    Na volta podemos observar melhor todo o entorno que fizemos na ida.



    Estávamos no final do dia praticamente, sinal de que o tempo utilizado durante o trajeto foi correto e deu para aproveitar o dia todo no lugar.



    No final, ainda tivemos a linda imagem das Agulhas Negras ao fundo.





    Era o fim do nosso primeiro dia. E foi um dia e tanto!!!

    Para fazer este trajeto, recomento muito a utilização de um guia experiente, pois os caminhos podem confundir e também ele poderá te auxiliar a passar por trajetos difíceis. 

    Recomendo também que tenha algum preparo físico para encarar o cume, não é uma trilha fácil de se fazer.

    Ao final do dia estávamos exaustos e a única coisa que nos restava era descansar para o próximo dia.


    2º Dia

    Se o primeiro dia foi bom e teve a minha conquista particular, o segundo tinha tudo para ser excelente, e realmente foi.

    O dia amanheceu sem nenhuma nuvem no céu, era certeza de que seria um ótimo dia para fotos. Neste dia foi incorporado mais um integrante que não conhecíamos, mas que era super gente boa.

    Começamos pelo mesmo trajeto que nos levaria até a placa onde há a bifurcação. E para vocês terem noção o frio era tão intenso que mesmo no sol estávamos todos bem equipados.



    Até as plantas estavam cobertas por flocos de gelo.




    Mas até no frio intenso a gente encontrava beleza...



    Hora de caminhar um pouco mais.



    Com o tempo andando, nosso corpo ia esquentando e pouco a pouco íamos tirando nossos agasalhos.



    Era o dia de tirar as fotos que não conseguimos tirar no primeiro dia.



    E não é que elas estavam boas?



    Nosso fotógrafo ia tirando cada foto sensacional da nossa caminhada. Nesta em especial me lembrava aqueles filmes americanos de bad boy, não!?



    E assim percorríamos a trilha.



    Agora com mais clareza, conseguíamos observar as Agulhas Negras ao fundo.



    No meio do trajeto, passamos pela Cachoeira das Flores. Um ótimo ponto para mergulho para quem gosta de frio.




    A caminhada é bem leve se compararmos com a Agulhas Negras e não necessita de um grande preparo físico para chegar até a base.



    E finalmente conseguimos avistar a Prateleiras.




    Não tardou muito e logo chegamos na base do maciço.




    Hora de tirar fotos...





    Olha o grupo ae...






    Dali ao fundo dava para ver a Serra Fina, local onde fica a Pedra da Mina, 4º maior pico do Brasil!!!




    Aqui que tirei a foto para ser capa do meu blog....




    Depois da sessão de fotos, seguimos para o cume.





    Tivemos que passar por entre as pedras.



    E pouco a pouco íamos chegando ao destino.



    Percorremos pelas pedras até chegar em um ponto chamado pulo do gato, um lugar que devemos ter concentração, onde temos que atravessar uma parte mais delicada. Mas nada que um bom guia não nos ajude. Ele trouxa uma corda para que pudéssemos atravessar em segurança.



    Um pouquinho de força na munheca.



    Pronto!!! Mais um desafio vencido...



    E finalmente chegamos!!!





    Ta vendo aquele ponto mais alto ali? Então, não parece mas é o Maciço das Agulhas Negras.



    A Serra Fina também tem o seu destaque.



    Aquela hora sagrada do descanso e apreciação da paisagem...





    O meu rango especial de montanha....huuuumm



    E o pico estava ficando cheio.



    Então vamos assinar o livro e registrar nossa chegada.




    Olha nossa foto no cume!



    E o nosso Botafogo esteve aqui!!! =)



    Olha a base do maciço lá embaixo....



    Hora de modelar...hahaha



    Acessando a outra parte do cume, olha este mar de nuvens!!



    Mais uma do grupo.



    Passado o tempo, era hora de voltar.




    Passando pelos mesmo buracos.



    E o visual do lugar não deixava de nos agraciar.




    E voltamos a base das Prateleiras.




    Uma pedra que não tínhamos reparado, era na Pedra do Ovo.




    Por que não fazer dela uma capa de CD de boyband? hahaha



    Por que não fingir que vai empurrar?



    O guia ainda deu uma brancadeira para a gente, tentar brincar de escalar.




    Mas não tinha jeito, a nossa hora de voltar estava chegando.




    Mas não podíamos deixar de dar uma última olhada para as Agulhas Negras.



    Aquele até logo...




    Nesta última olhada, finalizamos a nossa viagem.



    Esta postagem é em homenagem ao meu amigo Edson, que faleceu vítima de leucemia. Era um aventureiro como eu e um grande amigo. Tenho certeza curtiu ótimos momentos nesta viagem e um dia nos reencontraremos para conversar mais sobre nossa aventura.






    Até a próxima aventura!



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