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quinta-feira, 19 de março de 2015

Açude Camorim

(Fonte: Google)

O Açude do Camorim é um lago artificial situado entre a Serra do Nogueira e do Pico do Sacarrão e fica na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, no estado do Rio de Janeiro, Brasil

O açude fica inserido dentro do Maciço da Pedra Branca, que juntamente com o Maciço da Tijuca e o Maciço do Gericinó/Mendanha, formam os principais afloramentos rochosos do município. O maciço da Pedra Branca possui uma importante rede hidrográfica, já que parte dela contribui para o abastecimento de água da região circunvizinha.




(Maciços do Município do Rio de Janeiro)



Com área de 210.000 m³ e profundidade de 18 metros, o Açude do Camorim possui cerca de um quarto do tamanho da Lagoa Rodrigo de Freitas. Este possui suas águas tranquilas habitadas por carpas, traíras e lambaris, componentes da fauna aquática e fica localizado a 435 metros acima do nível do mar.

Este açude é integrante do Parque Estadual da Pedra Branca (12.492 hectaresque é a maior área verde urbana do Brasil e possivelmente o maior parque natural urbano do mundo. Para se ter noção, esta área é quase 3 vezes maior que o Parque Nacional da Tijuca. O ponto mais alto do Parque, o Pico da Pedra Branca, é também o ponto culminante da cidade do Rio de Janeiro com 1.024 metros de altitude. 

O Parque Estadual da Pedra Branca foi criado em 1974 e ocupa um pouco mais de 10% do território do município do Rio de área coberta por vegetação típica da Mata Atlântica. Fica localizado na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, em partes de 17 bairros: Jacarepaguá, Taquara, Camorim, Vargem Pequena, Vargem Grande, Recreio dos Bandeirantes, Grumari, Padre Miguel, Bangu, Senador Camará, Jardim Sulacap, Realengo, Santíssimo, Campo Grande, Senador Vasconcelos, Guaratiba e Barra de Guaratiba.

(área do Parque Estadual da Pedra Branca)

Existem diversas entradas do parque, porém, os principais núcleos para se chegar aos atrativos são:

  • Núcleo Pau da Fome (Taquara)
  • Núcleo Piraquara (Realengo)
  • Núcleo Camorim (Jacarepaguá)


No século XIX, com o cultivo do café e exploração da terra, a Baixada de Jacarepaguá testemunhou o assoreamento dos rios e devastação das florestas. 

O esgotamento de tais recursos impulsionou a primeira iniciativa de proteção em 1908, quando o governo federal adquiriu as áreas dos mananciais do Rio Grande (pertencentes à fazenda do Barão da Taquara) e do manancial do Camorim, para o estabelecimento de uma reserva florestal e ampliação do açude e dos sistemas de tratamento e distribuição de água. Esta iniciativa teve como objetivo o aprimoramento dos sistemas de captação e distribuição de água potável, que havia sido represada desde o século XIX para o abastecimento das populações vizinhas. 

Na primeira metade do século XX, com o crescimento populacional no entorno, a necessidade de abastecimento d’água nos arredores da cidade fez com que se iniciasse as providências legais dos órgãos públicos, tanto no nível federal, quanto nos âmbitos estadual e municipal, em relação à preservação do Maciço. Nessa época, o governo federal instituiu as Florestas Protetoras da União de Camorim, Rio Grande, Caboclos, Batalha, Guaratiba, Quininha, Engenho Novo de Guaratiba, Colônia, Piraquara e Curicica, todas com captação d’água para abastecimento e objetivando proteger aqueles recursos vitais.

Em 1963, estabeleceu-se por decreto a utilização integrada do Maciço, declarando utilidade pública para fins de desapropriação das terras que integravam a região.

Em 1972 foi criado um grupo de trabalho para propor as medidas necessárias à criação do Parque. O relatório contemplou no conteúdo aspectos socioeconômicos, clima, ocupação, estado da cobertura vegetal, aspectos relativos ao patrimônio histórico, artístico e arqueológico da região do Maciço, sugerindo delimitação, nominação, aspectos administrativos e financeiros, atribuições do Estado e da União, possibilidade de convênios e indicando medidas para elaboração do plano diretor.

Após todo esse processo em 28 de Junho de 1974 o Parque foi finalmente criado, por meio da Lei Estadual nº 2.377. Já em 1988, as autoridades municipais resolveram transformar a área do parque em APA, para assim combater a erosão, a poluição, as invasões, a devastação da mata e o crescente processo de favelização da área que circunda o maciço.



O Núcleo Camorim, por ser um local rico em mananciais, tornou-se famoso por seu potencial hídrico. Lá, também foram realizadas obras de infra-estrutura e recuperação paisagística. Em 06 de Dezembro de 2002 foi inaugurado o novo prédio para abrigar a Subsede do Parque e foram criadas áreas de lazer. O local recebeu sinalização interpretativa do sistema de captação e tratamento de água, recuperação paisagística e sinalização direcional.

Neste Núcleo é possível conhecer o Circuito das Águas, um complexo de atrações como cachoeiras, açude e represas.



- Camorim é um nome derivado do Tupi “CAMURY”, CA (Mata) e MURY (mosca ou mosquitos), “mata com muitos mosquitos”. Esse nome designa o bairro, a principal estrada de acesso, o açude e uma cachoeira. Toda essa região antes pertencia a Gonçalo Correia de Sá e era conhecida como Pirapitingui (peixe de escamas branca). Nela, Correia de Sá possuía a antiga fazenda do Camorim, onde, em 1625, mandou levantar a capela de São Gonçalo de Amarante, padroeiro do lugar, que existe até hoje.


(capela de São Gonçalo de Amarante)

- Por incrível que pareça, o Açude Camorim não é natural, sendo planejado por Sampaio Corrêa e construído por Henrique de Novaes em 1908, formando um dos mais belos recantos de toda Cidade Maravilhosa.

A sua constituição rochosa do Parque Estadual da Pedra Branca em seu topo é de granitos de coloração rosea a clara (leuco-granito) – daí o nome "Pedra Branca".



O clima é tropical atlântico e a média anual das temperaturas é de 23,8 °C. Por se tratar de uma cidade litorânea, o efeito da maritimidade é bastante perceptível, traduzindo-se em amplitudes térmicas relativamente baixas. A média anual das temperaturas médias máximas mensais é 27,3 ºC, e das médias mínimas mensais, 21 °C.

Os verões são marcados por dias quentes e úmidos, eventualmente suplantando a barreira dos 40 °C em pontos isolados, enquanto os invernos apresentam-se amenos e com regime de chuvas mais restrito, com mínimas raramente inferiores a 10 °C.

A pluviosidade varia de 1500 a 2500 mm, sendo os períodos mais chuvosos no verão e os mais secos no inverno. A variação microclimática é resultante da proximidade do mar, além da influência de núcleos urbanos em direção às encostas e do abusivo processo de desmatamento.



Todas as estações são boas para visitação ao Açude Camorim, porém deve-se tomar cuidado com o calor e as tempestades no verão.



Roupas leves, protetor solar, repelente, água e comidas frescas como frutas.



Vindo da Barra ou de Jacarepaguá, pela Estrada dos Bandeirantes, entrar na Estrada do Camorim e seguir até o largo da Capela de São Gonçalo do Amarante. Chegando na Capela, mantenha à esquerda e siga em frente até a entrada da Subsede do Parque.

Endereço: Estrada do Camorim, nº 2118 – Camorim (Jacarepaguá) Rio de Janeiro – Tel: (21) 3417-3642. 






A trilha começa no Núcleo Camorim, que fica na Estrada do Camorim, nº 2118. O acesso é feito por uma trilha conservada e bem marcada de 6 km de extensão (ida e volta) em terreno pouco íngreme, com grau de dificuldade leve e desnível de 300 metros. 


(Núcleo Camorim)

É uma trilha frequentada por muitos idosos e crianças e oferece uma linda visão do açude do Camorim, além de cachoeiras e mirantes. Sua duração é de aproximadamente 1 hora de caminhada (ida). Infelizmente não é permitido o banho nas águas do açude, pois as mesmas abastecem até hoje parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro e sem contar que existem perigosos sumidouros no açude.

Assim que chegamos na entrada do parque, fizemos o registro de nossos nomes e contatos e fomos em direção ao circuito das águas. Ali perto existe a estação de tratamento de água da CEDAE, são como se fossem várias piscinas onde a água circula até ser finalmente tratada e pronta para abastecimento.

(estação de tratamento de água da CEDAE)

Logo vimos um caminho de subida leve que dava até a Cachoeira Véu da Noiva. Este caminho é como se fossem várias pequenas escadas onde a água desce até a estação de tratamento.

(caminho até a cachoeira Véu da Noiva)

Depois de uma pequena caminhada de 2 minutos, chegamos a Cachoeira Véu da Noiva. Ali existe uma pequena piscina onde alguns estavam se banhando apesar de ser proibido.

(Cachoeira Véu da Noiva)

Assim que terminamos de apreciar a cachoeira, retornamos para pegar a trilha do Açude Camorim. A trilha é realmente fácil de se fazer. Após 40 minutos de caminhada, existe uma bifurcação à direita que tem uma descida para a Cachoeira Camorim. É fácil visualizar o ponto, pois se percebe um barulho de água corrente. Descemos com cuidado, pois existe alguns pontos íngremes, e chegamos finalmente na cachoeira. Infelizmente como era em um fim de semana ela estava bastante cheia e foi difícil se banhar nela.


(Cachoeira Camorim)

Ficamos em torno de 30 minutos descansando e se banhando até que recolhemos nossas coisas e fomos em direção ao Açude Camorim. Daquele ponto andamos cerca de mais 20 minutos em caminhada leve até que a trilha chega neste mirante.

(Açude Camorim)

Depois pegamos a trilha pela direita e percorremos até chegar efetivamente no açude. Dali tinham algumas pessoas se banhando, pulando de uma pedra e todos deixavam seus pertences em uma pedra bem no final da trilha. O açude me pareceu bem espaçoso para quem quisesse se banhar.

(Açude Camorim)

Devo confessar que com o calor que estava fazendo, apesar de ser proibido se banhar no açude eu resolvi dar um mergulho. Ali, por ser um lugar artificial, existem vários trechos com pedras que estão embaixo d'água na qual é possível caminhar com água até a cintura. Chegamos a sentar em uma das pedras e ficamos com água um pouco abaixo dos ombros. A água até uns 50 cm estava morna e bem agradável. Ficamos bastante tempo ali apreciando o local, pois estava com bem menos pessoas do que na cachoeira. É difícil até acreditar que existe um lugar tão preservado no meio da cidade do Rio de Janeiro.

Uma paz como esta não tem preço. #Lifeaholic

(descanso no Açude Camorim)

Com isso chego ao fim da postagem. Espero que tenham gostado!


Até a próxima aventura!

6 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigado Raquel. Espero continuar surpreendendo em cada post!

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  2. Ola Julio! Obrigado pelas informações cara. Valiosas!
    Queria lhe fazer uma pergunta:
    É perigoso mergulhar no açude? Procurei na internet e algumas pessoas disseram que não se pode entrar porque há sumidouros na água e coisas do tipo, sendo assim perigoso.
    Estou querendo visitar e gostaria de saber se é perigoso ou não.
    Achei que fosse proibida a entrada porque o açude abastece algumas regiões do Rio. Apenas por isso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grande Leonardo, creio que deve ter alguns pontos com sumidouro sim, mas existem alguns pontos que da para mergulhar sem problemas. Quando fui fui vi algumas pessoas mergulhando e creio que ficar ali perto da beirada é uma boa opção.

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  3. Olá alguém saberia dizer se essas aguas abastecem a que bairros exatamente? Abastece o Pechincha?
    Seria um alivio saber que não temos como principal abastecedor a estação de aguas do Guandu.Com toda essa crise de agua suja agora no RJ.
    Alguem sabe dizer?

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    Respostas
    1. olha, realmente não achei nenhuma informação a esse respeito, mas acredito que ajude sim.

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