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sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Aparados da Serra

(Fonte: Google)

O Parque Nacional de Aparados da Serra é uma Unidade de Conservação brasileira de proteção integral da natureza localizada na Serra Geral, constituindo uma fronteira natural entre os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, Brasil. Lá estão o maior conjunto de cânions do relevo brasileiro.

Inserido na região natural denominada comumente de Aparados da Serra, o parque tem 13.141,05 ha de área e perímetro de 63 km, fazendo fronteira tanto ao sul quanto ao norte ao Parque Nacional da Serra Geral, que também é administrado pelo ICMBio. Juntos, os dois parques abrangem uma área de aproximadamente 30.400 ha, abrigando 36 cânions na região, sendo que apenas nove são localizados dentro dos dois parques. Destes, 25 possuem nomes e alguns chegam a ter sete quilômetros de extensão com uma profundidade de até 900 metros. 

Este verdadeiro complexo de Canyons tem seu inicio na altura do Município de Urubici – SC, onde esta a parte mais vertical em uma altitude de até 1800 m, tendo seu fim entre os Municípios de Cambará do Sul – RS e São Francisco de Paula – RS. 




O relevo da região é bastante particular, sendo caracterizado principalmente por desfiladeiros com paredões verticais onde abruptamente terminam os campos suavemente ondulados do planalto, como se estes tivessem sido "aparados". A neve é comum no inverno e a região é conhecida como as montanhas mais geladas do país, registrando recordes de temperaturas negativas todos os anos.

Os principais passeios realizados pelas agências de turismo estão em Cambará do Sul, um município de 6.500 habitantes localizado  na Serra Gaúcha, em meio à região das Hortênsias no estado do Rio Grande do Sul. 




Os Aparados da Serra possuem uma história natural de formação entre 137 a 150 milhões de anos, onde um grande deserto de arenito que fazia parte da Bacia Sedimentar do Paraná foi transformado devido ao “derrame basáltico” que extravasou pela ação tectônica de separação da América e da África. Assim o magma imergiu e alagou uma área de mais de 1.000.000 km2, constituindo o maior vulcanismo desse tipo ocorrido no globo terrestre e deram origem ao Planalto Meridional Brasileiro ou Serra Geral. Logo que o magma solidificou, formou o planalto e por volta de 135 milhões de anos. 

Por volta de 120 milhões de anos, o imenso continente Gondwana que abrigava toda essa região começou se separar dando origem aos continentes da África e América e em virtude disso surgiram às fendas que chamamos de cânions.

Com o passar do tempo a umidade vinda do litoral possibilitou o surgimento de vegetação que por sua vez começou a reter a umidade gerando chuvas que deram origem aos rios. Os rios começaram a erodir e ajudar na formação dos cânions.

Além dessa história natural, o homem também colonizou a região. Em 1494, antes do descobrimento do Brasil o atual território de Cambará do Sul pertencia aos reis da Espanha. No local viviam os índios Jê, cujos remanescentes passaram a denominar-se Caaguás e mais tarde Kaingang. Tais moradores atraíram portugueses, baianos e paulistas os quais buscavam índios para escravizar.

Por volta de 1635, presume-se que o espanhol Padre Cristóvão de Mendonça tenha andado por estas paragens, até ser morto pelos indígenas, no Campo do Arraial dos Bugres, em Caxias do Sul, nossa região fazia parte da Baqueria de Los Piñales ou Cima da Serra, como antigamente era conhecida.

A partir de 1700, netos e bisnetos dos primeiros portugueses e bandeirantes tropeavam por estas bandas, comercializando gados, mulas e cavalos entre Minas Gerais e São Paulo. Esses gados, introduzidos no atual Rio Grande do Sul pelos padres espanhóis, encontraram nos Campos de Cima da Serra, lugares apropriados para o seu desenvolvimento, vieram os tropeiros e alguns fixaram-se à beira dos caminhos, dando origem às primeiras estâncias (fazendas).

Por volta de 1780, iniciou-se a abertura de caminhos que conduziram da zona litorânea ao Planalto. No princípio, todos os caminhos dirigiam-se a Lages-SC, Curitiba e Castro-PR, e depois Sorocaba-SP, que foi durante muitos anos o grande mercado de distribuição dos animais levados do Rio Grande do Sul.

Em 17 de abril de 1864 Dona Úrsula Maria da Conceição doou 20 ha de terra para a construção de uma capela em devoção ao padroeiro São José. A partir deste ponto que iniciou-se o povoamento do município ao lado da igrejinha de barro, construída no local denominado Campo Bom com moradias também de barro e pau-a-pique.

Em 23 de dezembro de 1902, Cambará do Sul passou à categoria de 4º distrito com o nome de São José do Campo Bom, pelo então prefeito de São Francisco de Paula.

Em 20 de dezembro de 1963, o governador do Rio Grande do Sul, Sr. Ildo Meneguetti, sancionou e promulgou a Lei n.º 4678, dando origem ao município, instalado em 31 de janeiro de 1965.

Em meio a criação do município de Cambará do Sul, foi criada uma unidade de conservação através do Decreto Nº 47.446, de 17 de dezembro de 1959, com uma área estimada de 13.000 ha (130 km²). Depois foi emitido outro Decreto Nº 70.296, emitido em 17 de março de 1972 que alterou os artigos 1º e 2º do Decreto Nº 47.446, reduzindo a sua área estimada para 10.250 ha (102,5 km²), em consequência de uma revisão dos limites.

Também foi criado pelo decreto federal nº 531 de 20 de maio de 1992, o Parque Nacional da Serra Geral, com uma área de 17.301,96 ha, abrangendo os municípios de Cambará do Sul (RS) e Praia Grande (SC).

Ambos os parques tem como objetivo básico a preservação dos ecossistemas da Mata Atlântica, das florestas de araucária e do pampa gaúcho, de grande beleza cênica, possibilitando desta maneira a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

A administração das unidades cabe atualmente ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).




- O nome Aparados da Serra é chamado assim devido ao relevo da região que é bastante particular, sendo caracterizado principalmente por desfiladeiros com paredões verticais de até 700 m de altura, onde abruptamente terminam os campos suavemente ondulados do planalto, como se estes tivessem sido "aparados".

(cânion na parte superior parece que foi aparado - Fonte: Google)

- A principal atração do parque é o Cânion do Itaimbezinho (do Tupi-Guarani Ita [pedra] e Aí'be [afiada]). Sua rocha é constituída de basalto, que possui cor escura, porém, o cânion possui cor branca devido aos líquens presentes nesta rocha.

 - A Pedra do Segredo, situada no caminho da trilha do Cânion Fortaleza, é formada por um bloco monolítico de 5 metros de altura e tem aproximadamente 30 toneladas. Mas, o que traz a curiosidade é que ela está equilibrada em uma base de cinqüenta centímetros.

(Pedra do Segredo - Fonte: Google)

- Os cânions ficaram famosos após serem exibidos na minissérie de sucesso da Rede Globo “A Casa das Sete Mulheres” (2003), mas os cânions já tiveram outras aparições como na novela Esplendor (2000) e Chocolate com Pimenta (2003).

- A maioria do cânions, como o cânion Itaimbézinho, Fortaleza e Cambajuva pertencem ao Estado do Rio Grande do Sul em sua parte superior. Já na parte inferior, eles pertencem ao Estado de Santa Catarina e pode ser visto pela cidade de Praia Grande/SC.

- Cambará do Sul vem do tupi “Cambará”, como referência a uma árvore cientificamente denominada maquinia polymorpha, vegetal com a qual os povos indígenas faziam canoas (OB).

- Cambará do Sul é conhecida também como a "terra dos cânions" e "capital do mel". A pequena Cambará do Sul é campeã no ranking de baixas temperaturas, sendo que o seu inverno está sempre entre os lugares mais frios do Brasil.

- A Sequóia plantada em Cambará do Sul é uma das três mudas geradas a partir das sementes levadas por um dos astronautas na missão espacial da Apolo XIV, que tinha como destino à lua. A semente, circundou a Lua 34 vezes no bolso do astronauta Stuart Rosa, e foi germinada em solo lunar um fato histórico e inédito. A Sequóia foi recebida de volta a Terra em 1971 e foi replantada em Cambará do Sul bem na praça ao lado da Igreja Matriz São José.

(Sequoia à esquerda da Igreja Matriz São José - Fonte: Google)

- a Gralha-azul é bastante importante para as Araucárias, pois ela estoca os pinhões (fruto da Araucária) no solo, para se alimentar posteriormente. Como elas acabam se esquecendo onde colocaram alguns pinhões, este germina e acaba dando origem a uma Araucárua, contribuindo para a sua preservação.

(Gralha-azul com o pinhão - Fonte: Google)

- Na região existe o líquen rosa (também conhecido como líquen vermelho), uma espécie que é indicadora da boa qualidade atmosférica, pois só ocorre em locais onde o ar é puro.


A cidade possui um Clima Temperado Marítimo também classificado na escala de Köppen-Geiger por clima Subtropical tipo Cfb.

Seu clima é influenciado pela sua altitude de cerca de 1050 m e pelas massas polares oceânicas que atuam na escarpa da Serra Geral onde a mesma está localizada. 

A proximidade da beira do Planalto Meridional com a Planície Litorânea impede que as temperaturas subam muito no verão e a altitude e a Vegetação impedem que as temperaturas mínimas fiquem altas demais nos meses mais quentes.



Existem bastante opções para hospedagem, com hotéis, pousadas e alguns campings até. Ficamos na Pousada Fortaleza Cambará (http://www.pousadafortalezacambara.com.br/), porém caso queira existem muitas opções de hospedagem neste link: http://www.guiaaparadosdaserra.com.br/onde-ficar/3/cambara-do-sul.


O Parque é aberto à visitação todo o ano. O horário de visitação do Parque Nacional de Aparados da Serra é das 8h às 17h, com permanência até 18h, de terça a domingo (abrindo nas segundas de feriados nacionais, Carnaval, Natal e Ano Novo). 


Roupas de frio como casacos, luvas, botas, cachecol e gorro. Tenha sempre um casaco a mão porque a noite a temperatura costuma baixar bastante.

Também é interessante levar calçados para trilhas, óculos de sol, protetor solar, mochila para água e comida.


O valor dos ingressos é de R$ 15,00 por pessoa. Brasileiros têm desconto, pagando R$ 8,00. Visitantes menores de 12 anos e maiores de 60 anos são isentos.
Para veículos, o valor é de:
R$ 5,00 para automóveis
R$ 10,00 para ônibus
R$ 3,00 para motos.





Localização de Cambará do Sul

O acesso para o Aparados da Serra se dá por Cambará do Sul, que pode ser acessado indo de carro ou ônibus.


  • Carro: os principais acessos são principalmente das cidades de Porto Alegre, Gramado ou Canela, Florianópolis e Caxias do Sul:

- Porto Alegre (via Gravataí): são 190 km até Cambará do Sul, passando por cidades como Taquara, Igrejinha e São Francisco de Paula. Na capital gaúcha, a viagem começa pela BR-290 (chamada Freeway) até a entrada de Gravataí, depois entra-se à direita onde se faz o contorno em uma rotatória e pega-se a RS-118 (um trecho de 6 km) e depois siga à direita no acesso à RS-020. Depois de passar por Taquara, segue no sentido de São Francisco de Paula. No trevo de acesso a São Francisco de Paula contarna-se a cidade pela esquerda, em direção a Cambará do Sul. Continua-se pela RS-020 até a localidade de Tainhas. No trevo, entra-se à direita, RS-453, e logo em seguida à esquerda no trevo de acesso a Cambará do Sul. Essa estrada é a continuação da RS-020.

- Porto Alegre (via Novo Hamburgo): são 200 km até Cambará do Sul. Saindo de Porto Alegre, pela BR-290, entra-se à esquerda na BR-116, em direção a Canoas. Quando passar Novo Hamburgo entra-se à direita na RS-239 até Taquara, seguindo à esquerda na RS-020 em direção a São Francisco de Paula. Chegando ao trevo de acesso a São Francisco de Paula dobra-se à esquerda, no Centro de Informações Turísticas, em direção a Cambará do Sul. Continua-se pela RS-020 até a localidade de Tainhas, onde entra-se à direita no trevo (RS-453) e logo em seguida dobra-se à esquerda no trevo de acesso a Cambará do Sul. Essa estrada é a continuação da RS-020. 

- Florianópolis: são cerca de 300 km pela BR-101 até Torres, cidade do litoral norte gaúcho. Depois são 45 km até Terra de Areia, ainda pela BR-101. A viagem segue pela Rota do Sol, a RS-453, e depois pela RS-020 até Cambará do Sul. De Torres a Cambará são cerca de 130 km.

- Caxias do Sul: são 140 km até Cambará do Sul. Saindo de Caxias do Sul, deve-se seguir a RS-453 no sentido Tainhas e Cambará do Sul. Você passará pelas localidades de Apanhador, Lajeado Grande, Tainhas e depois deverá entrar à esquerda no trevo de acesso a Cambará do Sul. 

- Gramado e Canela: são 110 km até Cambará do Sul. Saindo de Gramado ou Canela é preciso seguir a RS-235 em direção a São Francisco de Paula e depois são mais 35 km até Tainhas. No trevo de acesso da RS-453 dobra-se à direita para ir a Cambará (à esquerda Caxias do Sul). Logo adiante haverá um outro trevo de acesso a Cambará, RS-020. De Tainhas até a sede da cidade são mais 36 km. 


  • Ônibus: de Porto Alegre tem ônibus para Cambará do Sul diariamente às 6:15 h. O ônibus é comum e faz muitas paradas, levando cerca de 6 horas de viagem. Antes de chegar a Cambará é preciso trocar de ônibus em São Francisco de Paula. Já de Caxias do Sul e São Francisco de Paula há mais opções de horários.








Ir para os Aparados da Serra é se deslocar para Cambará do Sul, que fica a umas 2h 30min de Porto Alegre ou de Florianópolis. Antes de irmos nesta aventura, entramos em contato com a Pousada Fortaleza Cambará (http://www.pousadafortalezacambara.com.br/). Após sermos muito bem recebidos, acabamos fechando tudo com eles, ou seja, transfer, hospedagem e passeios a um preço bem camarada. Isso nos poupou tempo e ainda nos indicaram os melhores atrativos para cada dia.

Para a realização dos passeios, não existe transporte público até o local, então é importante que você tenha um bom carro (pois a estrada muitas vezes é de terra e há muito desnível) ou que contrate uma agência de turismo para que possam te levar até o local. A segunda opção foi a escolhida por nós e acredito que tenha sido realmente a melhor opção.

Resolvemos ir no inverno (julho), pois seria uma época em que temos menor precipitação e dificilmente encontraríamos nevoeiros dentro de cânions. E deu certo!!!


1º Dia

Viajamos então para Porto Alegre e nos encontramos com o próprio dono da pousada que iria realizar o transfer, o Fabiano. Ele gentilmente nos levou para almoçar primeiro, afinal já era hora do almoço e a viagem ia ser um pouco longa. Dito e feito, almoçamos e fomos rumo a Cambará do Sul.

Pegamos a Rota do Sol, rumo a Cambará do Sul. Quase chegando ao final da viagem, ele nos levou para um restaurante que tinha o mirante do Cânion Josafaz ao fundo, era nossa primeira impressão de como seria o restante dos nossos dias.

(mirante do Cânion Josafaz)

E esta era a grande vista do mirante, acho que já começamos bem né!?

(Cânion Josafaz)

O cânion do Josafaz, com seus 16 km de extensão, é o maior cânion da região dos Aparados da Serra, delimitando parte da divisa entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Seu vértice marca o ponto mais extremo da divisa geográfica entre os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina e está além dos limites dos dois Parques Nacionais dos Aparados, pertencendo ao município de São Francisco de Paula.



Não podia faltar uma foto panorâmica deste lindo cânion.



Aproveitamos a fome do momento e fomos lanchar no próprio restaurante. Vai aí um capuccino, pão de queijo e bolo de nata com chocolate?



Final de tarde e enfim chegamos em Cambará do Sul, era hora de se resguardar para o próximo dia. Chegamos na pousada e fomos muito bem recebidos 

Mais uma belo dia se iniciando e a bola da vez seria visitar o Cânion Fortaleza. Começamos com um belo café da manhã da pousada para repor as energias.



Começamos o passeio com a agência Guia Aparados, que nos levou para conhecer o Cânion Fortaleza. Assim que chegamos no parque, andamos poucos metros e já vimos o quanto estava frio com a grama ainda congelada.




Ao contrário do Parque Nacional dos Aparados da Serra, que tem trilhas bem delimitadas e um Centro do Visitante, no Cânion Fortaleza não possui nenhuma infraestrutura, havendo somente uma guarita na entrada do parque e um banheiro. Portanto, se for até lá, leve sua comida e bebida.

A primeira trilha foi a trilha do mirante Fortaleza e tem 1,5 km de extensão. Logo nos primeiros metros já tivemos uma noção do que nos esperava.



Andando mais um pouco pela trilha dava para ver as cidades abaixo, com destaque ao fundo (bem ao fundo mesmo) a cidade de Torres.



Opa, não podia faltar eu na foto.



A medida que caminhávamos, o cânion ao longo da trilha ia ficando cada vez mais bonito e imponente.



O Cânion Fortaleza fica a 23 km de Cambará do Sul e é o maior cânion do Parque Nacional da Serra Geral. Ele possui 7,5 km de extensão, 2 km de largura e 1.240 m de altitude acima do nível mar. Os paredões de 800 metros de altura lembram uma grande muralha, e por isso foi dado o nome Fortaleza.



Neste ponto da trilha, era possível ver a cachoeira Fortaleza.



O momento era de apreciar a paisagem.



A gente até tenta, mas é impossível abraçar a magnitude deste lugar.



Subindo os metros finais, finalmente chegamos no mirante.



Pensa em um lugar bonito...



Deste ponto, era possível ver 95% de todo o Cânion Fortaleza.



Só uma panorâmica poderia mostrar a vista deste lugar.



O rio Segredo é o que percorre e ajuda na erosão do cânion Fortaleza.



Na volta era possível ver o gado pastando próximo ao abismo, um perigo iminente de cair.



Era hora do segundo passeio, a trilha para visualizar a Cachoeira do Tigre Preto. Esta trilha também possui 1,5 km de extensão, uma caminhada bem tranquila que passa pelo arroio do Segredo, onde é formada a cachoeira.

(arroio do Segredo)

Depois dessa caminhada, atravessamos o arroio pelas pedras e chegamos em cima da cachoeira.

(em cima da Cachoeira do Tigre Preto)

Depois de passar por cima da cachoeira e andando por cerca de 200 m, nos deparamos com a beleza dessa cachoeira. Segundo o que pesquisei ela chega a ter mais de 400 m de quedas e a sua maior queda parece ter 230 m de altura.

(Cachoeira do Tigre Preto)

Mas o passeio não acabava por aí, ainda tinha os outros 10% do cânion para ver...



Cada ângulo do cânion era uma beleza diferente.



Era hora de visitar a Pedra do Segredo, uma pedra que se encontra apoiada em uma base de 50 cm. Por ela estar desta maneira, pessoas acreditavam que era um segredo esta pedra grande estar em uma base tão pequena e não cair.



No final da trilha, finalmente observamos a Pedra do Segredo ao fundo. Na verdade a pedra não se encontra apoiada e sim é uma continuação de toda a rocha, sendo que a erosão causada pelo vento e chuva acabou por afunilar uma parte desta rocha, parecendo que a pedra estava apoiada lá.

(Pedra do Segredo)

Antigamente existia uma trilha na qual era possível chegar até a pedra e ter uma outra vista maravilhosa do cânion, porém pessoas (vândalos) com intenção de degradar o local, tentaram fazer a pedra rolar, inclusive levando instrumentos para poder quebrar a rocha. Infelizmente devido a pessoas deste tipo, o ICMBio fechou o acesso da trilha para a chegada na pedra e todos perdemos com isso.

Com o fim do primeiro dia, estávamos famintos e fomos comer em um restaurante famoso pelas panquecas e pelo camarão ou truta na moranga, a Taberna.



Pelo frio que estava no dia, nos surpreendemos que o restaurante estava em uma temperatura confortável. Enquanto estávamos esperando as nossas panquecas, notei este belo quadro em 3D feito de madeira e musgos que retratava os cânions do lugar.



Não demorou muito e chegaram as nossas panquecas. Eram bem grandes e serviam como um almoço, além de terem vários sabores. Estavam tão gostosas que me deram água na boca só de relembrar esta foto...huuummm!!





2º Dia

O segundo dia era também um passeio tranquilo, a Rota 4x4 das Cachoeiras. Desta vez o passeio teria que ser por um carro 4x4 devido as inclinações do terreno e também pela passagem pelo rio. Pegamos a Land Rover junto ao guia e começamos o passeio, com a primeira parada sendo a Cachoeira dos Venâncios. A entrada cobrada para acesso ao local é de 5 reais. 

Assim que entramos, vimos que existe uma área de camping e o guia me disse que é cobrada uma taxa de R$20,00 por pessoa. Como estava frio, não tinha ninguém acampado lá.

Logo ali perto já existia uma placa dizendo a direção das cascatas.

(placa sinalizadora das cascatas)

Então pegamos uma trilha que margeava a plantação de Pinus e fomos conhecer as cascatas 2, 3 e 4.

(trilha em meio a plantação de Pinus)

A trilha era bem tranquila, mas deve-se tomar cuidado pelo chão estar cheia de folhagens de Pinus, que deixava o caminho escorregadio. 

Não tardou muito e logo tivemos a primeira vista das cascatas.



Era descer por menos de 2 minutos e já começávamos a ver todas as quedas.



Vamos combinar que esta é uma cachoeira linda, não!?




Segundo o guia, era possível se banhar, mas com este frio era impossível pensar nesta possibilidade, talvez indo no verão as coisas melhorem.



Mas pelo menos dava para relaxar ao som da cachoeira.



Um último registro para subir novamente e ver a cascata 1.



A cascata 1 ficava no sentido oposto, mas não muito distante das outras, então chegamos bem rápido nela. No trajeto, dava para ver que a cascata se encontrava quase escondida entre as árvores.



Chegando perto, vimos o quão grande e bonita era a cascata 1, na minha opinião, mais bonita que as outras que compõem a cachoeira dos Venâncios.



Pausa para fotoooo.



Ali com certeza também era uma ótima opção para banho e me deu vontade de voltar no verão para curtir essa água cristalina.



Voltando para o passeio, o tempo já estava abrindo e dava para ver a plantação de Pinus. Apesar de bonito, o Pinus é considerado uma praga da região, pois é utilizado largamente por indústrias madeireiras e acaba tomando espaço que era antes tomado pela Mata de Araucária e outras plantas nativas.




Terminando o passeio dos Venâncios, era hora de conhecer o Passo do "S", localizado no município de Jaquirana. Hora de passar de carro pelo rio Tainhas em um lugar onde antigamente os tropeiros cruzavam o rio.



Neste ponto, o rio deixa de ser profundo e corre sobre um lajeado de 80 m de largura onde é possível atravessá-lo, com muita cautela e quando o rio está em seu nível normal, de uma ponta a outra, podendo ser a pé, de carro ou a cavalo. Este lajeado curiosamente tem o formato de um perfeito S, originando daí o seu nome: Passo do “S”.

Hora de passar de carro sobre o rio. Nele existem marcações para que os carros possam seguir o caminho sem afundar no rio. Segundo o guia, uma vez a Rede Globo veio fazer uma reportagem aqui e o motorista do carro não seguiu o caminho correto, tendo como consequência o atolamento do carro no rio e a perda total do veículo. Portanto, cuidado!!!

(travessia do rio com a marcação à direita da foto)

Mais a frente o lajeado transformava-se em uma cachoeira do Passo do "S" de aproximadamente 20 m de altura, uma cachoeira linda.

(cachoeira Passo do "S")

Dentre todos os passeios feitos pela Rota das Cachoeiras, faltava o Passo da Ilha, o nosso próximo passo. Chegando perto dela, dava para ver de cima a ilha que dava nome ao último passeio do dia.

(vista do Passo da Ilha ao fundo)

Tanto o Passo do "S", quanto o Passo da Ilha fazem parte do Parque Estadual do Tainhas e é uma Unidade de Conservação de proteção integral gerida pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul. Este parque está em fase de implementação para visitação. Em virtude disso, não está aberto à visitação em sua totalidade.

Descemos e atravessamos o rio mais uma vez de carro em direção a ilha. Ao chegar lá, nos surpreendemos com a grande estrutura que tinha ali de camping.

(camping Passo da Ilha)

O camping tinha uma grande área, banheiros, lugares recreativos e de alimentação. Caso tenha interesse em visitar e acampar ali, visite este link e saiba maiores detalhes: http://www.campingpassodailha.com.br/

Como, devido ao frio, não era alta temporada para acampar, ali ficava somente um homem tomando conta da área.



O Passo da Ilha é um ponto onde o rio Tainhas se alarga sobre um grande lajeado, formando um extenso e raso “passo” como se diz na região, ou seja, um ponto onde é possível a travessia do rio. Como o lajeado também forma uma pequena ilha, temos o nome do local, Passo da Ilha.

Mais uma vez deixamos de aproveitar as inúmeras quedas d’água formadas pelas lajes do rio, mas provavelmente no verão iria ser ótimo tomar um banho nessas águas limpas.



Segundo o guia, antigamente os veículos ficavam descendo e subindo essas quedinhas de água, tornando a aventura bem mais emocionante e divertida, porém, isto acabou sendo proibido devido a uma esponja endêmica da região. Trata-se da esponja de água doce feltro-d’água (Oncosclera jewelli, Potamolepidae) de origem gonduânica, conhecida apenas em um trecho do rio Tainhas. É uma pena por um lado que não possamos mais realizar estas aventuras, porém cabe salientar que é importante para a conservação desta espécie.

(trechos que antes passavam os veículos descendo ou subindo o lajeado)

Na hora de voltar nos deparamos com este simpático boizinho que estava se alimentando ou curtindo o Passo da Ilha.



Era o final do passeio aventureiro. Claramente é um passeio que serve mais para as épocas mais quentes, os quais permitem o banho, mas apesar disso eu gostei bastante de visitar as cachoeiras e acho que seja um dos passeios que você não pode deixar de fazer aqui em Cambará do Sul.

Voltando para Cambará, era hora de poder aproveitar o resto do dia nos atrativos da cidade.



Bem no centro da cidade existe uma praça principal onde está localizada a Paróquia São José ou Igreja Matriz São José. Ela foi construída em 1945 e a inauguração aconteceu com a missa do celebrada pelo padre João Pazza. Sua torre possui 32 metros de altura e em seu interior podem ser vistas pinturas feitas por um assessor de Aldo Locatelli.

(Igreja Matriz São José)

Nesta mesma praça, encontramos a Sequóia lunar plantada em Cambará do Sul. Esta é uma das três mudas geradas a partir das sementes levadas na missão espacial da Apolo XIV, que tinha como destino à lua e foi germinada em solo lunar. Atualmente a árvore cambaraense é a segunda mais alta do Rio Grande do Sul com aproximadamente 30 metros de altura e 70 centímetro de diâmetro, sendo um destaque entre os demais na Praça São José no centro de Cambará do Sul.

(sequóia de Cambará do Sul)

Logo ao lado, existia uma urna indevassável contendo o acervo histórico do município.

(urna indevassável)

Sem contar o bonito termômetro da cidade, que também dá informações sobre os locais turísticos a serem visitados.



A cidade é pequena, mas é bastante bonitinha, onde até a placa de rua situada nas esquinas eram diferentes.



Ao lado direito da praça existe o Centro Cultural Dr. Santo Bornéo, onde funcionam a Secretaria Municipal de Turismo, o Centro de Informações, a biblioteca, o Museu irmã Tarcila Afonso e o artesanato. A casa foi construída em 1935 e os primeiros moradores foram da família Vóges. Este local já funcionou como escola, pensão (hotel), clube, bar, prefeitura e câmara de vereadores, quando em dezembro de 1998, o prédio foi revitalizado pela ONG Projeto Curicaca e transformado em Centro Cultural.

(Centro Cultural Dr. Santo Bornéo)

Resolvemos entrar no local e nos deparamos com um lugar bem arrumado e aconchegante.



O lugar tinha muitas coisas antigas, muitas fruto de doações.



Muitas coisas eram obsoletas hoje em dia, porém fazem parte da nossa história e da história do povo de Cambará do Sul. As vezes me pergunto como em tão pouco tempo nós mudamos tanto as nossas tecnologias.



Subimos para o segundo andar e nos deparamos com uma biblioteca muito bem organizada e esta grande mesa. Seria uma mesa de estudos?



Ali perto existia uma mesa de xadrez com cadeiras de madeira em ótimo estado.



E assim finalizaríamos o nosso segundo dia de aventuras. Era hora de descansar porque o terceiro dia seria uma longa caminhada.


3º Dia
Terceiro dia seria o dia mais difícil pela caminhada que iríamos fazer. Era o dia de caminhar 20 km somando a ida e a volta. Tratamos de nos alimentar bem com aquele ótimo café da manhã da pousada e fomos encarar o desafio. 

Chegamos com o guia até uma fazenda onde iríamos começar a trilha. Colocamos as polainas (ou perneiras) para evitar picadas de cobra e conversamos um pouco com o dono da fazenda. 

Ele também faz o turismo equestre na região e chegamos a conversar sobre a presença do puma, um felino que costuma atacar os rebanhos a noite, e ele disse que é raro de aparecer, mas que já perdeu parte do seu gado pelo puma.



Era hora de iniciar a caminhada, mesmo com a neblina que toma a região. Ao passo que caminhávamos, o tempo foi se abrindo e o Sol foi embelezando o caminho.



Depois de andar, andar, andar por cerca de 1 h, encontramos ao lado da trilha o pequeno Cânion Pinheirinho.



A trilha em toda a sua extensão é bastante aberta, evitando que o trilheiro se perca no lugar. Também existiam várias porteiras de fazendas e a presença do guia neste instante foi fundamental para evitar possíveis problemas nas propriedades dos fazendeiros.



O jeito era andar bastante e conforme nos aproximávamos do destino, o cânion estava começando a tomar forma. Faltava pouco!!!



Quando estávamos quase lá, ainda descemos um pouco e tivemos que atravessar o pequeno córrego, que era um ponto bom para encher as garrafas e recuperar as energias.




Mais uma subidinha e começamos a visualizar a cachoeira do Horizonte no Cânion Cambajuva.



Finalmente, depois de algumas horas, chegamos ao cânion Cambajuva e fomos recompensados com esta vista linda.

(cânion Cambajuva)

O nome Cambajuva é de origem tupi e está relacionada a uma espécie de bambu endêmica dos Aparados da Serra e que está em perigo de extinção devido as queimadas provocadas por fazendeiros e a pecuária.



Não posso esquecer da minha companheira de blog, minha mãe que me ajudava nas fotos....hehe.



Era hora de parar um pouco e apreciar o local comendo um belo sanduíche e tomando água para reidratar. Depois do nosso merecido descanso, fomos dar uma volta pela margem do cânion e apreciar de outros ângulos o local.



E assim chegamos até o ponto onde era possível visualizar a maior parte do cânion, já que do lado havia uma cerca de outra propriedade na qual não era permitido atravessar. Nada que atrapalhasse esta linda vista.



Hora de uma última foto...



Mas o passeio não acabava por aí, fomos caminhar para o outro lado do cânion Cambajuva e avistar o cânion da Pedra. No caminho encontramos pegadas, seria de algum felino?



Continuamos nossa caminhada entre uma vegetação um pouquinho mais alta e mais verde.



Mais uns 20 minutos e....olha essa vista!!



Da até vontade de ser um pássaro nessas horas, mas como não tenho asas, o melhor era visualizar na beira do precipício mesmo.



No fundo, dava para ver o cânion da Pedra, porém não era possível ir até lá. Já deu para perceber que existem vários passeios de cânions para visitar nos Aparados da Serra né!?



Olha o cânion da Pedra bem ao fundo.



Ficamos por voltar de 30 minutos e resolvemos ir embora, pois a caminhada de volta seria longa.



Na volta passamos pelos córregos de novo em cima das pedras para não molhar o tênis, mas meus momentos de glória (de não molhar o pé) estavam acabando e acabei atolando meu tênis em uma lama. Resultado foi andar o caminho de volta com o pé molhado....hahaha



Nos caminhos eu não podia deixar de tirar fotos desses pequenos poços entre o capim que deixavam a paisagem bem mais bonita.



Caminhar, caminhar, caminhar. Este foi o lema do passeio de hoje e caminhamos por algumas horas no capim aberto até voltar para a mata. Fiquei imaginando se eu fizesse esta caminhada toda no verão com calor e sol o tempo todo em cima da gente. Neste ponto tive que agradecer o inverno porque tornou mais agradável a caminhada.



Chegando ao nosso ponto de partida, podíamos visualizar esta linda Mata de Araucárias que a neblina de manhã não nos permitiu apreciar.



Este laguinho também nos fazia lembrar a beleza de estar em uma fazenda.



Até os bois estavam cansados da nossa caminhada. Essa nada mole vida...



Finalmente chegamos ao nosso ponto de partida e nos estava esperando ansiosamente um um café colonial, um verdadeiro banquete!!!



Estávamos famintos e comemos bastante para recuperar as energias. Comida caseira e muito bem feita, fazendo a gente terminar a trilha com chave de ouro!!



Não pude deixar de notar na casa do fogão à lenha bem antigo, coisas que só o campo pode nos oferecer.



Infelizmente era a hora da partida. O cansaço batendo e não via a hora de tomar um bom banho, limpar meu pé molhado e descansar.

No caminho de volta ainda fomos premiados com este lindo pôr do sol. 

E com esta foto terminamos o nosso 3º dia.



4º Dia

O 4º dia seria um dia de descanso?? Nada disso, este também seria um dia cansativo pois iríamos fazer a Trilha do Rio do Boi, uma trilha que percorre o rio do Boi por baixo do Cânion Itaimbezinho. 

A trilha do Rio do Boi pertence ao Município de Praia Grande – SC e está a 8 km da área urbana deste município e a 48 km da área urbana de Cambará do Sul – RS, sendo uma das trilhas mais famosas dos Aparados da Serra, juntamente com os passeios do Cânion Itaimbezinho e Fortaleza.

Esta trilha possui um nível de dificuldade mais elevado por ter que atravessar diversas vezes (em torno de 20 vezes contando ida e volta) o rio do Boi entre paredões de até 720 metros de altura.

Não perdemos tempo e fomos logo descer a serra, pois o trajeto se iniciaria por baixo.



Quase chegando ao destino, compramos a entrada do parque para iniciar a nossa jornada.



A trilha é controlada pelo ICMBio e para iniciar a trilha temos que passar pelo sistema de controle do parque, onde não é permitida a entrada sem guias e nem trazer crianças menores que 12 anos. Também não é permitido pernoitar na trilha.

Este passeio acaba por ser arriscado por dois motivos. Um deles é que você poderá se machucar caso não preste bastante atenção, pois seu tênis estará molhado e você poderá pisar em pedras que não estão fixas no solo. O outro motivo é que por ser um rio, sempre pode ocorrer tromba d'água e você correr o risco de não realizar o passeio porque o parque fecha a entrada. Em caso de alguém se machucar durante o percurso, todos voltam.

Assim que chegamos na entrada do parque, nos aprontamos, colocamos as perneiras e iniciamos nossa caminhada em uma trilha que se iniciava no meio da mata.



Após cerca de 1 hora de caminhada por dentro da mata, finalmente chegamos ao rio, a hora de se molhar na água gelada estava perto.

(rio do Boi)

E começamos assim a nossa primeira (e inesquecível!!!) travessia. A água correspondeu as nossas expectativas e tava gelaaaaaaada. Minhas pernas quase ficaram dormentes.

(travessia no rio do Boi)


A origem do nome do Rio do Boi remonta do tempo em que as tropas que desciam os Aparados, tendo o rio abaixo da Montanha. Aos pés da serra cruzavam rios, sendo que um rio chamava atenção pela quantidade de ossos de gado encontrados. Nos campos acima do cânion, existia uma fazenda que criava gado, e devido aos animais se arriscarem nos campos que beiravam os penhascos atrás de comida (grama), muitos dos animais caíam no cânion e terminavam no fundo do Itaimbezinho, vindo daí seu nome, o rio do Boi.

Antes da metade do caminho, encontramos esta linda cachoeira, a cachoeira Leite de Moça. Era hora de parar para comer um lanchinho e tirar fotos.

(cachoeira Leite de Moça)

Terminado o nosso lanche, era hora de percorrer as pedras pelo rio, uma tarefa que exige muito cuidado para não cair ou virar o pé.



Mais uma passagem pelo rio...



Como estávamos no inverno, o nível do rio chegava a bater até os joelhos, porém no verão o rio pode chegar até acima da linha da cintura. Pelo menos no verão deve fazer calor para entrar nesta água né!?

Em um certo ponto da trilha, pudemos ver o Pico da Mamica. Quando se chega a este ponto, é sinal que estamos na metade da trilha. O melhor ainda está por vir...

(Pico da Mamica)

Parece que as cachoeiras finalmente estavam dando o ar da graça. Vimos mais uma bem bonita, a cachoeira do Braço Forte.

(cachoeira do Braço Forte)

Conforme caminhávamos, os paredões começavam a ficar cada vez mais altos e a paisagem estava começando a mudar.



Até que quando menos a gente percebeu, já estávamos literalmente embaixo dos imensos paredões rochosos do cânion Itaimbezinho.



E mais uma cachoeira dá seu ar da graça conosco, a cachoeira Verde.

(cachoeira Verde)

O final estava próximo, era só mais uma travessia de rio em meio aos paredões.



E finalmente chegamos!!!





Este era o final da trilha. Apesar da trilha poder até ser percorrida, os guias chegam até a esse ponto para que dê tempo suficiente de voltar antes de escurecer. Hora de tirar foto do grupo!!!



É muito bom poder contemplar o cânion de baixo, parece que a natureza pintou um quadro.



Pensa em um lugar bonito, agora pensa em você dentro dele...pronto!!! Você está na trilha do rio do Boi.



Que coisa linda...



Hora de lanchar e recuperar as energias na volta com esta linda vista.



Era hora de voltar, mas é difícil deixar esse paredão todo para trás.



A cachoeira do Braço Forte na volta estava sendo iluminada pelos raios do Sol e na minha opinião até ficou mais bonita.



Mais andanças, agora relaxado por ter chegado ao local e depois de 8 horas de passeio, finalmente chegamos a sede do parque, trocamos nossos sapatos que estavam molhados e botamos uma roupa mais quente porque estava escurecendo e iria fazer frio.

Mas o dia não acabava por aí. Estávamos em um sábado e fomos ao Du Perau Pub Bar, um bar/pub bem decorado no estilo rock antigo.



Mas eu ainda não contei porque fomos justamente no sábado. É que aos sábados rola uma música ao vivo com voz, violão e baixo. Este baixista parecia ou não o Slash do Guns n' Roses?



Outra curiosidade deste bar é a quantidade de cervejas artesanais diferentes que oferece. Muita delas são do sul do país e pedimos uma Bierland, uma cerveja bastante premiada, para começar os trabalhos.



Para acompanhar, porque não uma batata frita com carne e bacon? Huuuummmm...



Era música pra lá, bebida pra cá e assim fomos experimentando cada uma. Na minha opinião, a Imaculada foi a melhor delas.





E assim terminamos o 4º dia prontos para o próximo e último passeio da nossa viagem.


5º Dia

O quinto e último dia seria a nossa cereja do bolo, pois iríamos visitar o cânion mais procurado de todo o Aparados da Serra, o cânion Itaimbezinho. É um passeio bem tranquilo e que toda a família pode fazer, pois não há dificuldade na caminhada.

Acordamos então cedo, tomamos aquele ótimo café da manhã da pousada, esperamos somente a chegada dos guias da Guia Aparados e simbora pro cânion.

A primeira parada é na sede do parque onde existe uma maquete de parte dos Aparados da Serra.



Hora de começar a trilha rumo ao Itaimbezinho. Este cânion é dividido em dois passeios: a trilha do Cotovelo e a trilha do Vértice.

Iniciamos pela trilha do Cotovelo, uma trilha que possui 6,3 km de extensão em um trajeto completamente plano, levando cerca de 2 h 30 min de caminhada. A trilha tem início na sede do parque, onde se percorre a maior parte do trajeto (4 km) e é feita por uma antiga estrada do parque quase até a borda do cânion. 



Depois de andar por cerca de 20 minutos, chegamos a um ponto onde já dava para ter a vista do belo cânion.



Estávamos perto do primeiro mirante e o cânion já impressionava pela proximidade e profundeza de suas bordas, diferente do cânion Fortaleza.



Chegando ao primeiro mirante é possível ver a imagem clássica dos paredões do Itaimbezinho.



Muitas pessoas param neste mirante para tirar fotos e tem que ter paciência para chegar a sua vez, mas vale a pena.




O passeio não parava por aí e a trilha seguia acompanhando o cânion de onde podíamos visualizar de outros ângulos.



E assim que a leve caminhada é recompensada...




Só uma panorâmica poderia explicar a beleza deste lugar.



E aqui chegávamos ao segundo mirante.



Um belo mirante...



Ainda tinha como caminhar um pouco mais e ver os paredões, sempre com cuidado de não ultrapassar a marcação. 



E assim terminávamos a trilha do cotovelo, hora de conhecer a trilha do vértice!! Voltamos para o início da trilha, perto da sede e pegamos o outro caminho para percorrer o outro lado do cânion.

A trilha do Vértice é bem mais curta que a do Cotovelo, com um trajeto de 1,4 km de extensão. A trilha também é bastante simples de ser realizada e serve para todas as idades. 

Seguimos em busca do primeiro mirante, uma caminhada que durou menos de 10 minutos.



De longe conseguíamos ver a cascata Véu de Noiva, a maior do Aparados da Serra.



E olha eu mais uma vez.



Existem outros mirantes que mostram a cascata Véu da Noiva. Este por exemplo fica bem legal para tirar fotos entre dois coqueiros.



Dando a volta no cânion, conseguimos finalmente ver a cascata das Andorinhas. Esta cascata possui uma queda de aproximadamente 300 metros de altura e suas águas são formadas pelo Arroio Perdizes.



Mas o mirantes não acabavam por aí, agora dava para ver de frente a belíssima cascata das Andorinhas.



E apenas a poucos metro dali, se encerrada o passeio com esta bela vista do cânion.



Na volta, vi esta cena e achei bem curiosa. Afinal, vocês que fumam também já apagaram o cigarro em uma bosta de vaca?




Finalmente terminamos o passeio com chave de ouro, visitando o cânion Itaimbezinho. Assim como o cânion Fortaleza, este é um dos cânions mais frequentados e o ideal para quem não quer enfrentar um grande número de turistas é visitar em dia de semana. Nos finais de semana muitas pessoas de outras cidades vão até lá e o passeio pode não ter a mesma qualidade.

Mas a viagem não terminava por aí, pois ainda não havíamos comido no famoso Restaurante e Lancheria Regina, um restaurante simples mas com a comida muito boa e ótimo preço. Tem a opção de self service ou a la carte e pedimos um bife a parmegiana que estava bastante gostoso.




Nas mesas dos restaurantes tinham vários bilhetes escritos sobre a mesa com avaliações de pessoas que visitaram o lugar.





Então tratamos de colocar o recadinho que faltava da Aventritur!! Agora o Restaurante e Lancheria Regina iria ficar completo!!!




Devidamente alimentados, voltamos para a pousada para descansar um pouco e acabamos encontrando o dono da pousada, que nos disse que antes de irmos embora de Cambará do Sul, ele iria nos levar para visitar os Sabores da Querência e comprar suas saborosas geléias naturais.

Ficamos bastante empolgados e fomos então conhecer o lugar.



Assim que chegamos fomos otimamente recebidos pelos donos do lugar, o casal Vico e Cláudia, que nos contaram sobre o processo de fabricação das geléias e começaram uma sessão de degustação de todos os sabores. huuuummmm........

(geleias Sabores da Querência)

Dentre os diversos sabores, os que mais gostei foram o triplo (amora, framboesa e mirtilo (ou blueberry)), o de açaí com limão, pimenta, figo com nozes, Physalis, gengibre, mas o melhor mesmo era o ANTEPASTO DE BERINJELA!!! Nossa, eu que nem sou tão fã de berinjela adorei e recomendo muito. Caso queiram mais informações, podem acessar o link do site deles: http://www.saboresdaquerencia.com.br/. Ah, eles encomendam para outros lugares.

Depois desta maravilhosa sessão, devido a já estar no final da tarde, eles nos convidaram a apreciar o pôr do sol, um espetáculo de Cambará do Sul.



E o Sol estava se pondo entre a Mata de Araucária...



Depois desse espetáculo da natureza, fomos convidados a ver os animais do sítio, que tinham gansos, ovelhas e cavalos. Os gansos eram os mais animados e não paravam de grasnar.



Dentre as ovelhinhas, uma chamava bastante atenção por estar amamentando seu filhote, o belo cordeirinho.



Depois de colocarem os gansos, ovelhas e cavalos em seus devidos lugares, era hora de tomar um chocolate quente belga da melhor qualidade com direito a chantily, canela e cereja. Nem preciso dizer o quanto gostoso era né!?



Só sei que no final das contas, compramos VINTE geléias de tão gostosas que eram antes de sair de lá. Não sei como tudo isso coube na mala, mas tive que garantir para o ano todo....hahaha

Agora sim a nossa viagem tinha ficado completa e tivemos a certeza que um dia voltaremos para visitar os outros passeios dentre os muitos existentes para se fazer em Cambará do Sul. 

Para finalizar eu vou postar uma foto que tiramos com os donos da pousada que nos receberam muito bem e foram muito prestativos oferecendo ótimos preços, negociando valores com os guias e nos levando para conhecer os Sabores da Querência. Voltamos para casa com muita gratidão a eles dois e nós da Aventritur indicamos a Pousada Fortaleza Cambará como uma ótima hospedagem. Um grande abraço a vocês!




Com isso terminamos a postagem e esperamos que tenham gostado.

Não deixe de postar seu comentário aqui, queremos trocar experiências com vocês.

Até a próxima aventura!!!


5 comentários:

  1. Nossa muito legal!!! Viajei com vcs!!!! Arrasou na descrição dos acontecimentos!! Tudo lindo! Parabéns!!

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  2. Nossa muito legal!!! Viajei com vcs!!!! Arrasou na descrição dos acontecimentos!! Tudo lindo! Parabéns!!

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    1. Que bom Joelma!! Fico feliz em poder ajudar e quem sabe esta poderá ser a sua próxima viagem? =)
      Bjss

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  3. Júlio....perfeito! Adorei seu encontro com o Slash...kkkk! Perfeito o lugar neh! Parabéns!

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    1. hahahaha, pior que ele parecia mesmo. O lugar é lindo demais e tem atividades para todos os gostos.

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