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quinta-feira, 12 de março de 2015

Alto Mourão (Pedra do Elefante)

(Fonte: Google)

A Pedra do Elefante ou Alto Mourão fica inserido dentro da Serra da Tiririca, localizado entre os municípios de Niterói e Maricá (entre as praias de Itacoatiara e Itaipuaçu), no estado do Rio de Janeiro, Brasil. É o ponto mais alto conhecido Parque Estadual da Serra da Tiririca, elevando-se a 412 m acima do nível do mar. 

O Parque Estadual da Serra da Tiririca se caracteriza como uma vegetação secundária e possui 3.568 hectares, abrangendo as regiões Leste e Oceânica do município de Niterói e parte do bairro de Itaipuaçu, pertencente ao município de Maricá.




(limites do Parque Estadual da Serra da Tiririca)


No início da colonização européia no Rio de janeiro, a região era habitada por tribos Tamoios e, em meados do século XVI, os Jesuítas construíram edificações para a catequese dos índios em Itaipu.

Já no início da década de 80, houve o crescimento urbano desenfreado sobre a floresta nativa e loteamento ilegal das terras. Os caçadores de animais silvestres e os desmatadores eram os principais agressores da fauna e flora local, sendo alvo das primeiras denúncias contra as agressões à Serra da Tiririca. 

Este fato deu origem a uma forte mobilização popular, que reuniu dentre outros, grupos ambientalistas, associações de moradores e moradores da região sem vínculos associativos, para a criação do Parque Estadual da Serra da Tiririca. 

O Parque Estadual da Serra da Tiririca foi então criado pela Lei Estadual nº 1.901, de 29 de novembro de 1991 por intermédio do então Deputado Estadual Sr. Carlos Minc. Este foi o resultado de uma experiência pioneira no Brasil, pois em vez dos parques serem criados por iniciativa do governo, a proposição e todo o projeto do Parque foi desenvolvido por iniciativa da sociedade civil. 



Em 1992 o Parque Estadual da Serra da Tiririca foi declarado "Reserva Mundial da Biosfera" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Em 2008, o parque teve o perímetro ampliado, incluindo áreas de elevado valor ambiental como o Morro das Andorinhas e parte do entorno da laguna de Itaipu, local com presença de sítios arqueológicos. Porém, seu perímetro definitivo foi estabelecido em 2012, com a incorporação de 1.241 hectares da Reserva Municipal Darcy Ribeiro, as ilhas Pai, Mãe e Menina e o Morro da Peça e passando a abranger uma área de aproximadamente 3.493 hectares. 



- Antigamente a Serra da Tiririca era conhecida como Serra de Inoã ou de Maricá, como consta em relatos antigos. O atual nome está relacionado com a passagem de tropas de burros que atravessavam a Serra por um caminho cheio de plantas da família das Cyperaceaes chamadas popularmente de Tiriricas.

- No século XIX, a região atualmente abrangida pelo parque foi visitada pelo naturalista inglês Charles Darwin, o que contribuiu para a formulação, por este, da teoria da evolução das espécies.

- Entre os diversos nomes dados ao Alto Mourão (Pedra do Elefante, Falso Pão-de-açúcar e Pedra de Itaipuaçu) o nome Pedra do Elefante é o mais difundido devido ao seu formato, visto pela praia de Itapuaçu, que faz lembrar o formato de uma cabeça de elefante com olho, tromba e orelha.


(o elefante visto na Pedra)


- A criação deste parque distingue-se de outras áreas de conservação no país por ter sido o único parque estadual criado por vontade e iniciativa popular, que se juntaram a uma comissão, integrada por órgãos públicos e entidades ambientalistas, onde elaboraram e delimitaram o parque.


O clima é tropical quente e úmido, onde a estação chuvosa se dá entre dezembro a março e a estação seca entre junho a setembro. A média anual das temperaturas é de 23 °C enquanto que a média de precipitação anual é de 1200 mm.



Todas as estações são boas para visitação ao Alto Mourão, porém deve-se tomar cuidado com o calor e as tempestades no verão.



Roupas leves, protetor solar, água e comidas frescas como frutas.



A entrada para a trilha do Alto Mourão fica localizada próximo ao Mirante da Estrada do Itapuaçu (RJ-102), cerca de 30 m depois deste mirante seguindo em direção a Itacoatiara, e é sinalizada com algumas placas. Existem algumas maneiras de se chegar até este local:
  • Carro - há duas principais opções:
  1. Saindo de Itaipu: seguir a estrada Francisco da Cruz Nunes até próximo ao número 7.000 e entrar na pequena rotatória de Itaipuaçu e subir a Estrada da Serrinha por aproximadamente 1 km até o Mirante da Estrada do Itapuaçu (é possível estacionar alguns carros lá);
  2. Saindo de Maricá: seguir até quase o final da praia de Itaipuaçu e entrar na rua Raimundo Monteiro e seguir até a Estrada Gilberto Carvalho. Ao final desta estrada se dá na Estrada da Serrinha de onde segue até o Mirante da Estrada do Itapuaçu.

  • Ônibus - tomar um ônibus que vai até Itaipu, como as linhas 38 (o mais indicado), 46 e 52, saltar na Estrada Francisco de Cruz Nunes perto da rotatória de Itaipuaçu e andar a Estrada da Serrinha até o início da trilha.

O Parque Estadual Serra da Tiririca está aberto diariamente das 7:00 h às 18:00 h (e até às 19:00 h durante a vigência do horário de verão).






A trilha começa próximo ao Mirante da Estrada do Itapuaçu (RJ-102), aproximadamente 30 metros depois deste mirante seguindo em direção a Itacoatiara. É uma trilha considerada difícil pelos pontos de escalaminhada, tem extensão de 1.500 metros que pode ser percorrido em 1h a até 2hs.


(Mirante da Estrada do Itapuaçu)

Assim que chegamos lá, fizemos o primeiro registro grupo aventureiro.




Depois de contemplar a vista do mirante, fomos ao início da trilha, onde encontramos a placa indicativa, o começo de nossa aventura.

(placa indicando o início da trilha)


Percorremos então a trilha que é bem definida, existindo somente nas duas bifurcações no trajeto os quais devemos prestar atenção. O início é marcado por uma subida constante e um pouco íngreme. Depois de uns 30 minutos, a trilha tem um leve declive para depois voltar a subir. 



Continuamos por mais alguns minutos até a primeira bifurcação. Ela não é muito sinalizada, porém, deve-se prestar atenção. A única referência visual é uma marcação na árvore, apontando com uma seta à esquerda, trilha na qual deve-se seguir. Ao seguir reto, o caminho incorreto, a trilha logo deve fechar-se, indicando que não há continuidade. Deve-se voltar para pegar o trecho correto.

Logo após, chegamos à um mirante, na qual é possível ter uma bela visão do Costão de Itacoatiara e uma pequena vista da praia. 


(vista do mirante)


Depois de um breve descanso para tirar algumas fotos, continuamos a subir e logo chegamos em um trecho de rocha. Tivemos que fazer uma leve escalaminhada utilizando as mãos para se apoiar. Este é um ponto que requer um cuidado e atenção redobrada!!!



Logo após passar por este trecho, poucos metros depois chega-se à um platô com uma visão magnífica de toda a orla da região oceânica de Niterói, com destaque para a praia de Itacoatiara e da Lagoa de Itaipu além das ilhas Pai e Mãe - que são duas de um conjunto de três ilhas (Pai, Mãe e Filha) que ficam na direção da praia de Itacoatiara



(vista com a face voltada para Niterói)

Existem vistas que não tem preço. #lifeaholic





Continuamos a subir um pouco mais até chegarmos em outro platô, aonde é possível ter uma visão incrível da gigantesca praia de Itapuaçu, com quase 15 Km de extensão, além da visão de grande parte da Serra da Tiririca.



(vista da praia de Itaipuaçu)


A praia é tão extensa que chega a sumir no horizonte. Também temos uma vista de toda a extensão de Maricá.






Com esta vista é quase impossível não tirar uma foto em grupo com a paisagem ao fundo.






Depois de muito apreciar a vista, resolvemos voltar e cair na praia, afinal o sol estava muito forte e o calor ali na pedra quente era demais.



Ali no pico, existem algumas plantas, principalmente bromélias e cactos, que possuem espinhos que se deve ter cuidado. Também é possível observar alguns urubus e até gaviões sobrevoando a região.



(bromélia)

Na volta um de nossos amigos parou para observar novamente a outra vista voltada para Niterói que realmente é muito bonita. Hora para a foto de despedida deste pico.

(vista de Niterói da Pedra do Elefante)

Hora de aproveitar o sol na praia, mas antes uma parada para o almoço e uma Coca-cola que desceu geladíssima. Não sou muito fã de refrigerante, mas bebi como se fosse água.




Com isso chego ao fim da postagem. Espero que tenham gostado!



Até a próxima aventura!




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