A Praia de Ponta Negra está situada na Reserva Ecológica da Juatinga e está dentro dos limites do município de Paraty, estado do Rio de Janeiro, próximo a divisa com o estado de São Paulo, Brasil.
É uma enseada com extensão de 400m de faixa de areia clara e fina, águas esverdeadas e cercada por altas montanhas cobertas por vegetação nativa, um rio com uma pequena cachoeira que forma um lago de águas doce rodeada por um grande banco de areia.
A praia de Ponta Negra em Paraty faz parte da Reserva Ecológica da Juatinga, que abriga doze núcleos de ocupação de populações tradicionais (caiçaras), que se distribuem ao longo litoral e vivem da pesca artesanal, agricultura de subsistência e mais recentemente do turismo.
Criada por Decreto Estadual n° 17.981, de 30 de outubro de 1992, a Reserva Ecológica da Juatinga possui 9.960 hectares, envolvendo toda a península localizada entre o Saco de Mamanguá, Ponta da Joatinga e Ponta Negra, com o objetivo de fomentar a cultura caiçara. Esta reserva está situada dentro da APA do Cairuçu, na vertente oceânica da Serra do Mar, e possui algumas das mais belas praias de Paraty como Sono, Antigos, Antiguinhos, Ponta Negra, Martim de Sá, Pouso, Juatinga, Cairuçu das Pedras, Itanema, Calhaus, Itaóca, Grande da Cajaíba e Mamanguá.
(mapa da Reserva Ecológica da Juatinga) |
A floresta dessa reserva é a única mata primária existente no município, diferenciando-se das demais pela grossura e altura das árvores e pela grande quantidade de palmito jussara existente. Possui relevo bastante acidentado, variando desde ondulado, montanhoso e escarpado, com altitudes que vão do nível do mar até 1.070 m, no Pico do Cairuçu. Devido ao relevo irregular e aos rios que percorrem a região, é comum a presença de cachoeiras e cascatas durante o percurso do trekking.
Dentro da reserva existem 12 núcleos de populações tradicionais que se distribuem ao longo do litoral. Várias fitofisionomias da Mata Atlântica são encontradas, como os manguezais, as matas de restinga e os palmitos (no sub-bosque).
- A Reserva Ecológica da Juatinga foi a primeira Unidade de Conservação a ser criada com o expresso objetivo de fomentar a cultura caiçara local, compatibilizando-a com a utilização de seus recursos naturais, de acordo com os preceitos conservacionistas.
- A vila de Ponta Negra possui 1 escola que cursa até a 4 série, depois as crianças têm que se locomover até Paraty se quiserem continuar os estudos.
- A vila não possui luz elétrica, mas em 2003 uma ONG inglesa doou para todos os moradores nativos um sistema de placa solar, que proporcionou luz a 12v para todos, inclusive para escola.
- A vila não possui luz elétrica, mas em 2003 uma ONG inglesa doou para todos os moradores nativos um sistema de placa solar, que proporcionou luz a 12v para todos, inclusive para escola.
A região apresenta clima quente e úmido, com pouco ou nenhum déficit hídrico. Pela proximidade com o mar, o efeito da maritimidade é bastante perceptível.
Os verões são marcados por dias quentes e úmidos, enquanto que os invernos apresentam-se amenos e com regime de chuvas mais restrito.
A infra-estrutura turística é pequena, contando com algumas casas, chalés e restaurantes, todos na pequena vila de pescadores. O principal meio de hospedagem é o camping.
Todas as estações são boas para visitação à Praia de Ponta Negra, porém deve-se tomar cuidado com o calor e as tempestades no verão.
A melhor época pra fazer a travessia é o verão, pois nesta época a temperatura ajuda a aproveitar melhor as praias, além dos rios e cachoeiras estarem mais cheios. No inverno chove menos, mas o frio não incentiva os mergulhos.
Roupas leves, barraca, lanterna, material de cozinha (talher, prato, panela, fogareiro, comida, etc), repelente, roupas de banho, snorkel (caso queira mergulhar) e protetor solar.
Existem duas maneiras de se chegar até a praia de Ponta Negra: por trilha de cerca de 5 horas a partir da Vila do Oratório, junto ao Condomínio Laranjeiras, passando pelas praias do Sono, Antigos e Antiguinhos, ou por botes com motor de popa, saindo do condomínio Laranjeiras.
- Ônibus - para chegar no Condomínio Laranjeiras de ônibus, deve-se pegar um da viação Colitur que sai da rodoviária de Paraty. A linha é a 1040 – Paraty x Laranjeiras que faz um trajeto de aproximadamente uma hora. Se você quer seguir de trilha até a Praia de Ponta Negra, o ponto a saltar do ônibus é o final. A trilha começa na Vila do Oratório, a direita do ponto de ônibus, em uma subida.
- Carro: pela Rio-Santos, no sentido São Paulo pega-se a estrada para o Condomínio de Laranjeiras. A entrada da trilha fica em uma pequena vila logo após o condomínio.
- Barco - no cais de Paraty, alguns pescadores podem realizar o trajeto até a praia de Paraty. A partir do condomínio Laranjeiras existem barqueiros que fazem também esta travessia até a praia.
Se conhecer a Praia do Sono e Martin de Sá foi uma das experiências mais agradáveis de Paraty, conhecer mais uma praia da Reserva Ecológica da Juatinga não teria como ser diferente, correto!?
Então pegamos o carro e fomos mais uma vez na estrada para Trindade, onde de lá iríamos pegar a van que passaria pelo Condomínio Laranjeiras até onde estariam as lanchas que poderiam nos levar até a Praia de Ponta Negra, uma praia pequena e tranquila onde moram muitos pescadores.
Como era somente feriado no Rio de Janeiro, a cidade de Paraty não estava tão cheia quanto imaginávamos e provavelmente a praia não estaria tão lotada. Vale lembrar que a praia é pequena e ir em um período de feriado prolongado talvez não seja tão atrativo.
Pegamos a lancha, com o valor de R$50,00 e partimos em direção a praia.
O mar estava calmo e depois de cerca de 15 minutos, a praia começava a aparecer.
Mais adiante, dava para ver o quão pequena era a praia e como ela era rodeada de vegetação.
Chegando na praia, descemos da lancha e fomos direto para o camping da Branca, mas no meio do caminho, vimos uma família de patos nos dando boas vindas.
Quase chegando lá dava para ver a praia um pouco mais de cima, uma ótima vista.
Em uma trilha rápida chegamos ao camping da Branca, um espaço bem rústico, mas organizado, onde vendia bebidas e também um almoço no estilo prato feito.
Este era o espaço do camping para armar a barraca. Escolhemos então o nosso espaço e fomos armar a nossa barraca.
Com as barracas devidamente armadas, fomos aproveitar a praia e tirar a brancura.
Ficamos um tempo por ali, curtindo a calmaria do lugar. Realmente era um ótimo refúgio para quem quer fugir do agito da cidade.
Depois de muito tempo, ficamos sabendo pela dona do camping que existia uma cachoeira que se situava perto da praia, a cachoeira das Galhetas!!
Então pegamos a trilha no lado direito da praia e partimos com o sol já se ponto no horizonte.
A trilha não traz muita dificuldade e demora cerca de 20 minutos para ser realizada. Ali você passa pela praia das Galhetas, que nada mais é que uma praia com muitas pedras e não é muito atrativa. Passando por ela e seguindo a direita, você encontra uma ponte para ser atravessada.
Depois desta ponte o caminho era seguir o barulho da água, pois a cachoeira não fica visível, então seguindo o rio, chegamos até ela.
A água estava bastante gelada, mas nada que me impedisse de aproveitar.
Como já era hora do sol se por e os mosquitos estavam começando a incomodar bastante, não ficamos muito tempo aproveitando a cachoeira e voltamos ao nosso camping. Acredito que seja bem melhor curtir a cachoeira durante o dia inteiro e não no final do dia.
Pensávamos que o dia acabaria por ali, mas para a nossa surpresa foi montado na praia um telão que passou um filme educativo para os moradores da praia, uma iniciativa bem legal.
Ficamos um tempo por ali assistindo o filme e aproveitando a noite. Infelizmente não tenho uma câmera tão boa, mas era lua cheia e a praia estava "clara" mesmo com ausência de luz artificial.
Então com o final do filme fomos dormir porque o dia seguinte seria mais cansativo, afinal, iríamos fazer a trilha para a cachoeira do Saco Bravo.
Ao acordarmos e tomarmos o nosso querido café da manhã com as nossas compras, fomos em direção a tilha, mas antes olha o visual que pegamos desse lugar.
Pausa para a foto....
Com um trajeto considerado difícil, de 4,2 km de extensão, no que dava em torno de 2 horas e 30 minutos de trilha, esta começa no centrinho de Ponta Negra, passando pelo Camping do Ismael.
De início você poderá se perder um pouco e é importante perguntar aos locais sobre o trajeto. Após estar efetivamente na trilha, não há muitas bifurcações e você popde seguir a trilha tranquilamente.
Logo no primeiro trecho tem uma subida curta, mas bem íngreme, passando por uma grande pedra com vista pra toda Ponta Negra (nesse ponto pega sinal de celular). Neste ponto já da uma canseira boa, mas ainda tem muito mais a percorrer.
Depois de algumas horas, chegamos na cachoeira pela parte de cima, onde passa o rio que origina a queda d´água. Seguindo mais um pouco, encontramos uma placa onde nos dizia que estávamos perto da cachoeira.
A partir desta placa agora era somente a descida da trilha até encontrar a cachoeira.
Ao chegar, temos que ter cuidado ao descer nas pedras. Conforme íamos descendo vimos um cachorrinho bem tranquilo descansado nelas.
Não tinha visto? Olha agora com esse zoom.
Enfim chegamos a tal cachoeira!!!
Depois de tanto tempo de trilha, estávamos exaustos, mas descansar numa cachoeira dessas era muito bom.
Dado um tempo ali, resolvi ficar bem embaixo da cachoeira, com a água batendo nos ombros, uma verdadeira massagem!!!
O fluxo de água não era tão grande, o que nos dava maior segurança na hora de andar pelas pedras próximo a cachoeira.
Com o passar do tempo o sol ia se afastando da cachoeira, o que nos mostrava que era hora de partir.
Como a trilha era bem pesada e ainda estávamos muito cansados, então resolvemos voltar de lancha. Assim, subimos a pedra pelo lado direito da cachoeira e descemos a pedra para nos encontrar com barqueiro.
Era um momento delicado no qual ainda estando na pedra, tínhamos que jogar a mochila de forma que caísse na lancha e não no mar. Além disso tínhamos que pular no mar e nadar até a lancha, pois não era possível ela encostar na rocha. Felizmente tudo deu certo e fomos embora.
Já de volta a Ponta Negra, resolvemos nos arrumar e sair para jantar no famoso Bar e Restaurante do Teteco, um restaurante que tinha muito a comida caiçara da região.
Pedimos então um prato especial com um peixe grelhado, arroz com cenoura, farofa e um purê de banana, delícia!!!
Huuuummm, deu até fome só de relembrar!!!
Por fim, na nossa última noite, resolvemos dar uma caminhada na praia. Era uma noite de lua cheia, mas infelizmente não tenho uma câmera tão boa que pudesse registrar isso. =/
Dia seguinte era a nossa partida, com um belo dia de sol para aproveitarmos.
Ficamos um tempo na praia, arrumamos as nossas coisas e voltamos de lancha novamente para o Condomínio Laranjeiras.
A viagem foi espetacular, apesar do pouco tempo que ficamos no lugar. Mais uma praia visitada das tantas que existe na Reserva Ecológica de Juatinga em Paraty.
Até a próxima aventura!!!
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