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domingo, 15 de novembro de 2015

Morro da Urca



O Morro da Urca é parte integrante do complexo do Pão de Açúcar localizado no bairro da Urca, Rio de Janeiro, Brasil. Este complexo é composto pelo morro do Pão de Açúcar (que dá nome ao complexo), Morro da Urca e Morro da Babilônia.

Este morro, de 220 metros de altura, tem em seu pico a primeira parada do bondinho em direção ao Pão de Açúcar, sendo junto ao Cristo Redentor um dos maiores cartões postais da cidade e do país. Este ponto turístico é administrado pela Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar desde 1909.

De cima do Morro da Urca tem-se uma vista espetacular de vários pontos da cidade, como as praias (Leme, Vermelha, Copacabana, Ipanema, Flamengo, Botafogo e Leblon), Pedra da Gávea, maciço da Tijuca, Corcovado com a estátua do Cristo Redentor, Baía de Guanabara, Niterói, Ponte Rio-Niterói e, ao fundo, a Serra do Mar e o pico Dedo de Deus.




A história do Morro da Urca está intimamente ligada ao descobrimento da cidade pelos portugueses. Apesar da descoberta em 1502 pelo navegador português André Gonçalves, sua primeira referência descrita ocorreu em 09 de julho de 1565 pelo Padre José de Anchieta ao narrar a fundação da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro por Estácio de Sá, em 1º de março de 1565. 

Estácio de Sá chegou ao Rio de Janeiro em 28 de fevereiro de 1565 e no dia 1º de março fundou a cidade, entre os morros Cara de Cão e Pão de Açúcar, por ser local de mais fácil defesa, pois o local permitia, não só a observação de qualquer movimento de entrada e saída de embarcações da baía, como difiultava a visão interna de todos os possíveis invasores. 

(representação do início da fundação do Rio de Janeiro por Estácio de Sá - Fonte: Google)

Com o objetivo de expulsar os franceses que já estavam na área há dez anos, Estácio de Sá ergueu uma primitiva fortificação, Reduto São Martinho, para de operações de combate. Hoje, na Fortaleza de São João há um marco simbólico da fundação do Rio de Janeiro. 

Após inúmeras batalhas com os franceses, conseguiu expulsá-los em 1567, depois de uma batalha que teve o apoio militar de seu tio Mem de Sá. Estácio de Sá não presenciou a vitória derradeira, pois morreu tragicamente, ao ser atingido no rosto por uma flecha em 20 de fevereiro de 1567.

Os morros da Urca e Pão de açúcar ficaram famosos a partir da segunda metade do século XIX, quando o Rio de Janeiro recebeu as missões artísticas do desenhista e pintor alemão Johann Moritz Rugendas e do artista gráfico francês Jean Baptiste Debret que, em magníficos desenhos e gravuras, exaltaram a beleza do local.

(Pintura de Johann Moritz Rugendas sobre o Rio de Janeiro - Fonte: Google)

Em 1909 foi fundada a Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar, empresa privada com capital 100% nacional, pelo engenheiro brasileiro Augusto Ferreira Ramos e um grupo de amigos, com um capital inicial de 360 contos de réis. Em 1912 foi inaugurado os teleféricos (bondinhos) para transporte de um morro ao outro.


Com o sucesso do bondinho, este se tornou um dos principais pontos turísticos brasileiros pelas paisagens e pelos shows musicais no Morro da Urca, principalmente na década de 80.

No final desta década foi aberta a Pista Cláudio Coutinho, também conhecida como Caminho do Bem-te-Vi e Estrada do Costão, com 1,25 km de extensão e marcação de distância a cada 50 metros. O seu nome é uma homenagem ao ex-treinador da Seleção Brasileira de Futebol Cláudio Coutinho, antigo formando da Escola de Educação Física do Exército que chegou ao posto de capitão de artilharia.

(Cláudio Coutinho)

Além de circundar o morro da Urca, a partir dela é possível fazer algumas trilhas para acesso ao topo do Morro da Urca e ao morro do Pão de Açúcar.

Em 1 de junho de 2006 foi criado um Decreto Municipal (nº 26.578) que estabeleceu que o Morro da Urca, juntamente com o Pão de Açúcar e Morro da Babilônia, fosse integrado ao Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca.

Os morros da Urca e Pão de Açúcar pelas localizações privilegiadas, pelas presenças na história da cidade e pelos acessos aos cumes, são um marco natural, histórico e turístico da cidade do Rio de Janeiro.




- Os morros da Urca e do Pão de Açúcar são considerados um Monumento Natural desde 2006, criado por decreto municipal. Assim, eles passaram a integrar o Sistema Municipal de Unidades de Conservação. O conjunto de montanhas é tombado ainda pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 1973. O local ainda é reconhecido como um dos principais sítios geológicos mundiais.

- O Complexo Pão de Açúcar, Morros da Urca e da Babilônia se localiza no principal centro de escalada do país, sendo um destaque entre os centros de escalada em área urbana do mundo.

- Há várias versões históricas a respeito da origem do nome Pão de Açúcar. Segundo o historiador Vieira Fazenda, foram os portugueses que deram esse nome, pois durante o apogeu do cultivo da cana-de-açúcar no Brasil (século XVI e XVII), após a cana ser espremida e o caldo fervido e apurado, os blocos de açúcar eram colocados em uma forma de barro cônica para transportá-lo para a Europa, que era denominada pão de açúcar. A semelhança do penhasco carioca com aquela forma de barro teria originado o nome. 

- O transporte desde a Praia Vermelha para o Morro da Urca, e do Morro da Urca ao Pão de Açúcar é feito pelos tradicionais bondinhos. Eles foram inaugurados em 1912, sendo o primeiro teleférico do Brasil e o terceiro do mundo.

- O morro do Pão de Açúcar possui uma enorme caverna, aberta por uma falha na rocha gnáissica há, pelo menos, um bilhão de anos, no costão batido pelo oceano Atlântico, fora da barra. Ela é acessível por terra, por um caminho na rocha, depois da pista Cláudio Coutinho, como pelo mar, de caiaque. Desde os anos trinta, o português Eduardo de Almeida morou nesta caverna, vivendo da caça e pesca, inteiramente alheio à cidade e à população. Em princípios dos anos 60, ele chegou a dividir sua caverna com o casal Francisco de Brito e Isidia Maria da Conceição, os quais vendiam mamão, laranja e banana que plantavam na encosta do morro aos frequentadores da Praia Vermelha. Todos foram desalojados pelos militares da Fortaleza de São João em 1968 e desde então só os morcegos a tem habitado.


O clima é tropical atlântico e a média anual das temperaturas é de 23,8 °C. Por se tratar de uma cidade litorânea, o efeito da maritimidade é bastante perceptível, traduzindo-se em amplitudes térmicas relativamente baixas. A média anual das temperaturas médias máximas mensais é 27,3 ºC, e das médias mínimas mensais, 21 °C.

Os verões são marcados por dias quentes e úmidos, eventualmente suplantando a barreira dos 40 °C em pontos isolados, enquanto os invernos apresentam-se amenos e com regime de chuvas mais restrito, com mínimas raramente inferiores a 10 °C.




Todas as estações são boas para visitação ao Morro da Urca, porém deve-se tomar cuidado com o calor e as tempestades no verão.


Roupas leves, água, protetor solar, repelente e comidas frescas como frutas.




Para chegar a trilha no Morro da Urca, deve-se chegar até o final da Avenida Pasteur, que vai até a praia Vermelha. Dali à esquerda deve-se andar pela Pista Cláudio Coutinho até a entrada da trilha.

Já o endereço do Bondinho que dá acesso ao Morro da Urca e Pão de Açúcar é Avenida Pasteur, 520 - Urca - Praia Vermelha.

Existem algumas maneiras de se chegar lá:

  • Ônibus - Alguns ônibus te levam até lá como o 107 (central-urca), 511 e 512 (urca-leblon, circular).

  • Metrô - Comprar o bilhete de integração Metrô-Ônibus, saltar na estação Botafogo e pegar o ônibus integração 511A. Deve-se saltar na Avenida Pasteur, próximo ao número 458 e caminhar por cerca de 3 minutos até o local.









A trilha do Morro da Urca é uma das trilhas mais fáceis a ser realizada na cidade e te leva até um dos lugares mais bonitos e turísticos do Rio de Janeiro. Se você não tem dinheiro para pegar o bondinho e quer curtir um pouco do visual do passeio, você pode ir de graça até o primeiro morro deles, o Morro da Urca.

A trilha começa na Pista Claudio Coutinho, um caminho de asfalto às margens da enseada da Praia Vermelha, e termina no topo do morro. É uma trilha considerada leve e de duração em torno de 30 minutos. 
(entrada da pista Cláudio Coutinho)

A Pista Claudio Coutinho tem 1,25 km de extensão e o início da trilha fica mais ou menos no primeiro terço da Pista Claudio Coutinho. Durante a trilha existem algumas placas explicativas relacionadas ao Morro da Urca e Pão de Açúcar.

(placa explicativa da formação dos morros)

Após a caminhada tranquila na pista, onde qualquer pessoa pode realizar e onde muitos pais levam seus filhos, nota-se uma sinalização neste primeiro terço do início da trilha para o Morro da Urca.

(placa indicativa do Morro da Urca)
 
O início começa com a subida de algumas escadas de madeira, feitas com alguns troncos de árvores e depois existem alguns lugares mais planos.


No meio da trilha dava para perceber que crianças e idosos estavam realizando a trilha, ou seja, é uma trilha imperdível e para todas as idades.

Permanecemos na trilha por cerca de 20 minutos até chegarmos a uma placa sinalizando o caminho da trilha.

(placa no meio da trilha)

Ou seja, devíamos seguir pelo caminho da esquerda, mas não sem antes de contemplar a fauna local.



Trata-se do sagui-de-tufos-brancos (Callithrix jacchus), uma espécie invasora originária do nordeste brasileiro que se encontra em vários locais do Rio de janeiro e hoje em dia competem com as espécies nativas daqui. 

Caso encontre um desses, NÃO DÊ COMIDA!!! Estudos sobre os impactos relacionados a alimentação humana em primatas têm sido completamente negativas, pois estes animais observam o homem como fonte de alimento e se tornam cadas vez mais agressivos em busca da comida.

Apesar de tudo, não deixei de tirar uma bela foto deste animal.

(sagui-de-tufos-brancos)

Depois de admiração ao sagui, fomos em direção ao sinalizado pela placa.



No meio do caminho tinha uma pequena bifurcação e fomos averiguar o que era. Seguimos pela direita e chegamos a este pequeno mirante.



Com o pequeno arbusto como base, deu até para tirar uma foto do local.



Resolvemos voltar ao caminho da trilha e vimos um passarinho se refrescando em um cano, afinal estava calor no dia.



Vai uma aguinha ae!?



Mais adiante encontramos uma pequena armação em meio a vegetação. 



Mais dois minutos de caminhada e finalmente chegamos no Morro da Urca!!! Logo nos deparamos com um lindo visual da praia Vermelha.

(praia Vermelha)

Dali já era possível observar a ida e vinda do bondinho desde o solo até o Morro da Urca.



Ao caminhar pelo morro, observamos alguns lugares muito bonitos como a praia de Botafogo e seus barcos.

(praia de Botafogo)

Lembrando que aqui no Morro da Urca acontece um passeio de helicóptero. São vários tipos de passeio e o valor depende de cada um, porém quem tem dinheiro para gastar pode fazer um desses, o que não é o meu caso.

(heliponto para os passeios de helicóptero)

Além disso era possível observar o Aeroporto Santos Dumont, a praia do Flamengo e os prédios do Centro da cidade.



Também é possível ver o bairro da Urca que mais parece uma maquete aqui de cima.



Então porque não tirar então uma panorâmica do lugar?



É possível também observar e visitar os bondinhos antigos, este é o primeiro bondinho que circulou por aqui, implantado em 1912 e transportava 20 passageiros a uma velocidade de 2 m/s. Este foi desativado em 1972 para implantação do 2º bondinho.

(1º bondinho)

Logo ao lado se encontra o segundo bondinho, que foi projetado em Milão, sendo considerado o bondinho mais moderno da década de 70. Com sua formação de duralumínio, este aumentou sua capacidade para 75 pessoas, com uma velocidade média de 6 m/s a 10 m/s, atuando de 1972 a 2008.



Depois de observarmos a evolução dos bondinhos, fomos ver um pouco mais da história do bondinho indo até o seu "Cocuruto". Trata-se de um espaço cultural que conta a história do Rio de Janeiro, associada ao do bondinho.



Ao chegar no espaço interno, notamos no chão as engrenagens antigas do primeiro bondinho em exposição.


(engrenagens do primeiro bondinho no chão)

Também é possível observar algumas fotos e objetos do lugar anteriormente.



Ao lado ficam expostos os equipamentos e engrenagens da época.



De outro lado é possível ver e observar a "História de um Fio", ou seja, a história do bondinho em 4 etapas: o engenho, a arqueologia, o fio da memória e as linhas de passagem.




Saindo de lá, é possível visualizar a beleza do morro do Pão de Açúcar.



Então porque não tirar uma foto?



Segue mais uma...



Agora do grupo!!



Dali também é possivel observar a partida do bondinho para o Pão de Açúcar, mas este morro ficará para uma próxima postagem.



É isso pessoal, com isso chego ao fim da postagem e espero que tenham gostado!


Até a próxima aventura!

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